Moção de apoio a Alexandre de Moraes é reprovada na Câmara de BH
O texto, proposto por Pedro Rousseff (PT), defendia a decisão do ministro de decretar prisão domiciliar contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
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Siga noA Câmara Municipal de Belo Horizonte rejeitou nesta segunda-feira (8/9) a moção de apoio ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O texto, proposto por Pedro Rousseff (PT), defendia a decisão do ministro de decretar prisão domiciliar contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmava que a medida representava um compromisso do Judiciário com o Estado Democrático de Direito.
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A votação reforçou o clima de polarização entre PT e PL na capital mineira. A moção de Rousseff acabou sendo derrotada por oposição de vereadores do PL, que criticaram o apoio a uma autoridade sancionada internacionalmente por “violações a direitos humanos e práticas de corrupção”. Uner Augusto e Pablo Almeida, ambos do PL, argumentaram que a moção conferia “respaldo institucional a um agente político deslegitimado no cenário internacional”.
O debate ganhou contornos ainda mais tensos pela ausência do autor da moção. Pedro Rousseff não pôde comparecer ao Plenário por motivos pessoais. Para o colega de bancada Pedro Patrus, a votação na ausência foi “desrespeitosa”, enquanto Uner Augusto provocou, afirmando que “assim como ele [Moraes] acompanha as manifestações da direita, espero que ele comece a frequentar o Plenário, já que é autor da moção e não está presente”.
Em paralelo, a Câmara analisou a Moção 139/2025, de Pablo Almeida (PL), que pede a declaração de Moraes como “persona non grata” em Belo Horizonte. O texto segue em tramitação e não foi afetado pela votação da moção de apoio.
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Persona non grata
A Moção 139/2025, de autoria de Pablo Almeida (PL), foi aprovada na Câmara e declara o ministro do STF, Alexandre de Moraes, “persona non grata” na capital mineira. O texto critica a atuação do magistrado nos processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cita as sanções impostas a Moraes pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com base na Lei Magnitsky.
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A aprovação da moção gerou protestos da bancada do PT, que argumenta falta de respaldo regimental e classifica a iniciativa como motivada por interesses políticos. A decisão evidencia a polarização ideológica que atravessa a Câmara de Belo Horizonte, refletindo tensões nacionais.