O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), minimizou a saída do seu partido da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante agenda do petista na capital mineira, nesta quinta-feira (4/9). Segundo Damião, essa construção é da direção partidária, enquanto ele precisa manter uma boa relação com o presidente em razão da dependência da cidade de recursos federais.

"Os assuntos relacionados a construção partidária tem que ser feito dentro de salas, reuniões entre os diretores de partido para ver qual que é o futuro do partido, do país. As pessoas que estão me assistindo, estão preocupadas com os problemas na casa dela. Não está preocupada em quem o prefeito de Belo Horizonte vai apoiar ou não", disse.

Segundo o prefeito, seus objetivos com Lula são assinar convênios para trazer recursos para a cidade. "BH não é uma capital que vive somente do que ela tem. Ela depende do governo do estado, depende e muito do governo federal para resolver os problemas do munícipe. A minha política sempre foi essa, não vou mudar agora", afirmou.

Damião e Lula estiveram juntos no lançamento do programa Gás do Povo, no Aglomerado da Serra. Durante seu discurso, o prefeito fez afagos ao presidente e comparou as duas trajetórias. Ao lembrar das suas origens na comunidade, ele disse que, assim como Lula, fala o "populês, a língua do povo".

Com as mãos no ombro de Lula, o prefeito também elogiou o lançamento do novo programa social de distribuição de botijões de gás. “Quando o senhor lança um projeto como esse, pode ter certeza de que está cuidando das pessoas mais simples, das que mais precisam", ressaltou.

O prefeito também voltou a pedir recursos ao presidente. Dessa vez, ele quer a instalação de um Instituto Federal no Aglomerado da Serra. Atualmente, o governo Lula já trabalha para levar uma instituição de ensino federal até a região do Barreiro.

União-PP

O desembarque do União Brasil do governo Lula foi anunciado no início da semana, em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal por uma suposta tentativa de golpe. Federadados com o Progressistas (PP), os partidos do Centrão tem a maior bancada do Congresso Nacional.

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Apesar de cargos em ministérios, a legenda já tinha um alinhamento com Bolsonaro. Agora, a federação também anunciou que vai apoiar o projeto de anistia aos condenados pelos ataques antidemocráticos do 8 de janeiro.

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