O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, votou favorável a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os outros sete membros do alto escalão do então governo, integrantes do chamado "Núcleo Crucial" por tentativa de golpe de Estado. O placar do primeiro dia de apresentação dos votos está em dois a zero. Dino acompanhou o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes.
Ainda faltam votar, na ordem, os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Nesta quarta-feira (10/9), a sessão será aberta com o voto de Fux. Há grande expectativa no voto dele, pelas divergências que apresentou ao longo do processo com o relator, Alexandre de Moraes.
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"É como voto, acompanhando o relator quanto ao juízo condenatório que fez com a ressalva de menor importância para os réus Alexandre Ramagem, Augusto Heleno e Paulo Sérgio", afirmou Dino.
Este voto foi o segundo favorável à condenação do grupo. O ministro e relator Alexandre de Moraes também votou pela condenação em voto lido mais cedo. O próximo a votar será o ministro Luiz Fux.
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Dino argumentou que a sua decisão não é uma sinalização de um comportamento ditatorial, mas que é a consolidação da legislação constitucional.
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"Isso não é ativismo judicial, não é tirania, não é ditadura. É a afirmação da democracia que o Brasil construiu na Constituição de 88", pontuou.