A reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, prevista para esta segunda-feira (15/9), foi cancelada. O investigado Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, comunicou, por meio de sua defesa, que não compareceria à comissão.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) havia autorizado a presença do investigado, deixando a ele a opção de participar ou não da oitiva.

Em nota, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (PL-MG), lamentou a ausência de um dos principais nomes da investigação. “Perdemos a oportunidade de ouvir hoje um dos principais investigados no escândalo que desviou recursos dos aposentados. É lamentável, mas a comissão seguirá trabalhando para que a verdade venha à tona e os culpados sejam responsabilizados”, afirmou.

Na sexta-feira (12/9), o Careca do INSS foi preso em Brasília durante a Operação Cambota, deflagrada pela Polícia Federal (PF). A ação cumpriu dois mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal. A investigação apura crimes de embaraço e obstrução de investigação, dilapidação e ocultação de patrimônio.

Segundo a PF, Antunes e o empresário Maurício Camisotti são apontados como operadores de um megaesquema fraudulento que teria lesado cerca de 4 milhões de aposentados e pensionistas do INSS por meio de descontos associativos não autorizados em benefícios.

O caso já havia sido alvo de operações anteriores. Em maio, a Polícia Federal apreendeu veículos de luxo avaliados em mais de R$ 3 milhões na residência do "Careca do INSS".

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