BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a revogação de todas as medidas cautelares impostas contra o ex-presidente no inquérito que investigava a coação do Judiciário, com apoio do governo Donald Trump. 

O pedido envolve a reconsideração da prisão domiciliar de Bolsonaro e da proibição de utilizar redes sociais. A petição está sob sigilo. 

O advogado Paulo Cunha Bueno diz que o pedido se deve ao fato de a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) não ter incluído o ex-presidente entre os acusados de coação contra o Supremo. 

"Com o oferecimento de denúncia, na qual o presidente Bolsonaro não foi acusado, esvazia-se a necessidade de quaisquer medidas cautelares, já que não há ação penal, cuja tramitação e eventual condenação seriam supostamente protegidas pelas severas cautelares que foram impostas e que há semanas vêm subtraindo-lhe a liberdade de ir e vir e de livre manifestação", afirma. 

Bueno argumenta ainda que a investigação não envolve infrações penais, mas sim "denúncias sobre violações de direitos humanos, formuladas pelo deputado Eduardo Bolsonaro e pelo jornalista Paulo Figueiredo, ao governo norte-americano". 

"Sem ação penal oferecida, as cautelares tornar-se-ão um fim em si mesmas, não havendo mais como serem mantidas de forma legal, de sorte que a defesa aguarda sua célere revogação." 

O ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro em 4 de agosto sob a alegação de que o ex-presidente havia descumprido medidas cautelares impostas no mês anterior. 

A decisão foi referendada pela Primeira Turma do Supremo, por 4 a 1. Somente o ministro Luiz Fux foi contrário à domiciliar. 

Manifestantes seguem até a Praça da Estação Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
O protesto foi convocado por movimentos sociais e centrais sindicais, com a adesão de artistas e lideranças políticas. Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Milhares de manifestantes ocuparam a Praça Raul Soares, em Belo Horizonte, neste domingo (21/9), em ato contra a chamada "PEC da Blindagem" e o "PL da Anistia" Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Manifestantes vão às ruas contra PEC da Blindagem e PL da Anistia. Protesto faz parte de mobilização nacional contra propostas em tramitação no Congresso Nacional Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Manifestação contra a PEC da Blindagem começou na Praça Raul Soares e seguiu até a Praça da Estação Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Manifestantes fazem protesto conta a PEC da Blindagem em BH neste domingo (21) Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Manifestantes fazem protesto conta a PEC da Blindagem em BH neste domingo (21) Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Manifestantes fazem protesto conta a PEC da Blindagem em BH neste domingo (21) Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Manifestação conta a PEC da Blindagem contou com a participação de artistas mineiros Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Manifestantes vão às ruas contra PEC da Blindagem e PL da Anistia Gladyston Rodrigues/Em/D.A Press
Manifestantes vão às ruas contra PEC da Blindagem e PL da Anistia Gladyston Rodrigues/Em/D.A Press
Manifestantes vão às ruas contra PEC da Blindagem e PL da Anistia Gladyston Rodrigues/Em/D.A Press
Protesto faz parte de mobilização nacional contra propostas em tramitação no Congresso Nacional Gladyston Rodrigues/Em/D.A Press
Fernanda Takai na manifestação conta a PEC da anistia Gladyston Rodrigues/Em/D.A Press

A DENÚNCIA 

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou nesta segunda-feira (22) ao STF Eduardo e Figueiredo sob acusação de articularem ações com o objetivo de intervir nos processos do ex-presidente. 

A denúncia acusa os dois de crime de coação, que "consiste em usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral". 

Jair Bolsonaro, que é investigado e foi indiciado no inquérito que trata do tema, não foi denunciado. 

Em nota conjunta, Eduardo e Figueiredo disseram que o fato de a denúncia ter sido apresentada ao Supremo logo após as novas sanções dos EUA contra a esposa do ministro Alexandre de Moraes e autoridades brasileiras "evidencia a perseguição política em curso". Eles ainda dizem que a acusação é "fajuta" e chamam a equipe de Paulo Gonet na PGR de "lacaios de Moraes". 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Eduardo viajou para os EUA em março, de onde comanda uma campanha para que o presidente americano, Donald Trump, determine punições a autoridades brasileiras, além de ter articulado o tarifaço contra produtos brasileiros, com o objetivo de livrar o pai da prisão.

compartilhe