UFMG: Tarifa Zero em BH compensaria inflação para famílias de baixa renda
Ipead aponta que a tarifa de ônibus é o item de maior peso no custo de vida da população de baixa renda
compartilhe
SIGA

Estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que, se implementado, o projeto de Tarifa Zero nos ônibus de Belo Horizonte vai anular a inflação para as famílias de baixa renda.
O Projeto de Lei (PL) 60/2025 busca garantir a gratuidade total no transporte coletivo por ônibus em Belo Horizonte. A proposta será votada em Plenário nesta sexta-feira (3/10), na Câmara Municipal de Belo Horizonte, e precisa do apoio de pelo menos 28 dos 41 vereadores.
O Ipead aponta que a tarifa de ônibus é o item de maior peso no custo de vida da população de baixa renda. Assim, a gratuidade teria impacto significativo no poder de compra.
Compensação da inflação
O instituto da UFMG comparou, com base na metodologia do IPCR-BH, os avanços da inflação com os reajustes na tarifa de ônibus de 2022 a 2024. Nos anos simulados, a Tarifa Zero teria revertido a inflação em valores negativos, com -1,14% (2022), -1,80% (2023) e -0,70% (2024).
O IPCR (Índice de Preços ao Consumidor Restrito) é um índice regional que mede o impacto da inflação em famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos.
“Isso significa que, para as famílias que mais dependem do transporte público, o custo de vida cairia de forma substancial”, esclarece o Ipead.
Leia Mais
Ganho real de renda
O Ipead afirma que a política de Tarifa Zero, além de compensar a inflação, ampliaria significativamente o ganho real dos trabalhadores no reajustes do salário mínimo.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
Calculou-se aproximadamente os seguintes valores de ganho real anual no período analisado:
- 2022: 11.5%
- 2023 10%
- 2024: 7,7%