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Oposição reage a sigilo de Zema em documento que avalia a Codemig

Deputados de oposição desconfiam que o valor da Codemig, apontado em documento sigiloso, seja suficiente para tornar desnecessária a privatização da Copasa

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A oposição na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) reagiu, nesta segunda-feira (13/10), à decisão do governador Romeu Zema (Novo) de impor sigilo de 15 anos a documentos que tratam da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

Entre os documentos sigilosos está uma avaliação do valor da empresa estatal elaborada pelo banco Goldman Sachs, que, segundo deputados da oposição, pode conter informações indicando que a companhia vale mais do que se estimava.

"Nós desconfiamos é que a avaliação atingiu muito mais do que os R$ 34 bilhões, e isso faz com que não tenha mais nenhum discurso para vender a Copasa. Estou entrando com um pedido de quebra do sigilo desse documento, porque a Assembleia, enquanto ente fiscalizador, tem o total direito de ter acesso a esse documento para sabermos quanto vale a Codemig", alegou o deputado estadual Professor Cleiton (PV).

A Codemig é uma das estatais que o governador Romeu Zema vem oferecendo à União nas negociações do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), como forma de equacionar a dívida de cerca de R$ 170 bilhões.

O programa, de autoria do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prevê a redução dos juros cobrados — atualmente em 4% ao ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — sobre parcelas que podem ser pagas em até 30 anos.

Para a redução de dois pontos percentuais, é necessário o abatimento de até 20% da dívida — o que, para Minas Gerais, equivale a R$ 34 bilhões. Com um prazo muito apertado para adesão ao Propag, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou o tempo para que as tratativas com o governo federal sejam concluídas.

A deputada estadual Bella Gonçalves (Psol) também destacou que desconfia de que o documento aponte um valor considerável da Codemig — que já teve sua federalização aprovada pelo Legislativo mineiro — e que, por isso, não seja necessária a privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

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O governo Zema vem trabalhando junto à sua base na Assembleia para aprovar a privatização da Copasa e de outros ativos, argumentando que as vendas são necessárias para atingir o valor mínimo de 20%.

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