Deputado mineiro é alvo de operação da PF sobre fraudes no INSS
Investigação apura esquema bilionário de descontos ilegais em aposentadorias e pensões; parlamentar diz confiar na Justiça e se coloca à disposição
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O deputado federal mineiro Euclydes Pettersen (Republicanos) foi um dos alvos da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quinta-feira (13/11) pela Polícia Federal (PF) em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).
A operação é um desdobramento das investigações sobre um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões, responsável por um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos.
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O parlamentar mineiro comentou a operação da Polícia Federal por meio de nota, afirmando confiar na Justiça e se colocar à disposição das autoridades. Ele também ressaltou que já foi alvo de duas operações anteriores, em uma delas, foi absolvido, e, na outra, o Judiciário não chegou a receber a denúncia por falta de provas.
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"Reitero que toda operação representa, para alguns, um fim, e para outros, uma libertação. Já fui alvo de duas operações: em uma delas, fui absolvido, e na outra, o Judiciário sequer recebeu a denúncia, por falta de provas que comprovassem qualquer prática criminosa", disse.
"Deixo claro que apoio integralmente o trabalho das autoridades competentes e me coloco à inteira disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários. Acredito na justiça, na verdade e na importância das investigações sérias, conduzidas dentro da legalidade e com total transparência", completou.
Outras prisões e crimes
A operação também resultou na prisão preventiva de dez pessoas, entre elas o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e no cumprimento de 63 mandados de busca e apreensão em 15 estados e no Distrito Federal.
De acordo com a PF, o grupo investigado teria atuado entre 2019 e 2024, realizando descontos associativos não autorizados em benefícios previdenciários.
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Os suspeitos são investigados pelos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação e dilapidação patrimonial.
Detalhes sobre o envolvimento de Pettersen ainda não foram informados.