CEMIG E COPASA

Zema critica uso eleitoral de estatais e volta a defender privatizações

Ao inaugurar o gasoduto, o governador afirmou que o modelo atual das estatais trava investimentos e é um peso para o desenvolvimento

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O governador Romeu Zema (Novo) defendeu novamente, nesta segunda-feira (17/11), a privatização da Cemig e da Copasa, apontando burocracia e interferência política que travam obras e investimentos. Ele ainda acusou opositores à proposta de se aproveitarem da "ignorância das pessoas" para fazer politicagem e obter benefícios políticos e eleitoreiros.

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A declaração ocorreu durante a inauguração, promovida pela Gasmig, da linha tronco do Centro-Oeste do gasoduto, em Divinópolis.

Ele citou a valorização superior a 200% das estatais em sua gestão e argumentou que apenas um modelo privado pode garantir eficiência e avanço no saneamento e na energia. "Vá ver se eu tenho algum parente nessas empresas. Vá ver se eu apadrinhei alguém nessas empresas", afirmou.

Ele disse que, embora mais valorizadas, as empresas ainda sofrem as amarras de estatais. "A empresa estatal funciona desse jeito: lentidão e custo maior", enfatizou.

Para ilustrar a burocracia, Zema fez uma comparação direta com a necessidade de reformar uma casa depois de uma tempestade. "É como se o telhado da nossa casa caísse numa tempestade, como teve aqui em Divinópolis, e, em vez de a gente chamar o marceneiro, o pedreiro, a construtora para reformar, tivesse que fazer uma licitação, e aí você vai ficar alguns meses nesse processo para atender toda a burocracia. E, em vez de resolver o problema da sua casa, você muda para outra, até todo o processo terminar. A empresa estatal funciona desse jeito: lentidão, um custo maior", exemplificou.

"Indignado"

Zema elevou o tom ao criticar políticos que se opõem à venda das estatais. Ele mencionou o movimento contra a PEC que dispensa a realização de referendo popular para autorizar a privatização ou federalização da Copasa. Aprovada em segundo turno no início deste mês, o governo teve dificuldades para conseguir os votos necessários.

Segundo o governador, há interesses eleitorais e pessoais por trás da resistência.

"E eu fico indignado quando vejo políticos contra a privatização. Acho que é porque não entendem como isso é um peso no desenvolvimento. Isso aqui (a inauguração do gasoduto) só está sendo possível porque hoje essas empresas estão sendo administradas como privadas. Mas o meu governo acaba, e quem garante que a politicagem não vai voltar? Este governo tem sido muito mais exceção do que regra."

Ele defende que apenas investidores privados garantirão os aportes necessários. Afirmou que Minas, endividado em R$ 180 bilhões, não tem capacidade de investimento no ritmo que o saneamento exige.

"Quero que seja sócio dessas empresas quem tem dinheiro para investir e não um Estado que tem R$ 180 bilhões de dívida com o governo federal. O Estado de Minas hoje recebe dividendos da Copasa, recebe dividendos da Cemig e, consequentemente, da Gasmig. O Estado deveria colocar dinheiro para universalizar o saneamento, que é o que um novo sócio na Copasa vai fazer — vai ter metas para cumprir, de saneamento e de fornecimento. Caso contrário, nós nunca vamos ter esse saneamento universalizado, como já deveríamos ter feito há muito tempo."

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Aproveitam-se da ignorância

Em outro trecho, o governador ampliou a crítica e afirmou que grupos políticos usam o discurso do "patrimônio público" para proteger interesses próprios.

"O Brasil não avança porque nós temos aqui esses políticos que se aproveitam da ignorância das pessoas e ficam falando: ‘isso aqui é um patrimônio público’. Vamos deixar bem claro: é público, mas é muito mais dos políticos, que fazem de tudo para ter algum benefício próprio ou eleitoral com essas empresas. E o que nós queremos é um Estado que se desenvolva."

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