CONGRESSO NACIONAL

Relator do PL Antifacção no Senado diz que PF não perderá recursos

Substitutivo de Derrite altera critérios para distribuição dos recursos apreendidos do crime organizado, que antes eram inteiramente revertidos à PF

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Após a aprovação na Câmara dos Deputados, o PL Antifacção chega ao Senado Federal sob a relatoria de Alessandro Vieira (MDB-SE), e a expectativa é de uma tramitação rápida. O parlamentar avaliou que o texto está “adequado quanto ao mérito”, mas destacou que não permitirá que a Polícia Federal (PF) perca recursos.

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“Vamos verificar o formato, mas a gente já antecipa que não terá nenhum tipo de redução no financiamento da Polícia Federal, que é fundamental para o Brasil", declarou à Agência Brasil.

O substitutivo apresentado pelo relator da proposta na Câmara, Guilherme Derrite (PP-SP), altera critérios para distribuição dos recursos apreendidos do crime organizado, que antes eram inteiramente revertidos à Polícia Federal.

O novo texto propõe que, quando a investigação for feita por autoridades locais, os valores serão destinados ao Fundo de Segurança Pública do estado. Quando a apreensão for da PF, os recursos vão ao Fundo Nacional de Segurança Pública. Em caso de operação conjunta, o PL prevê divisão igualitária.

O mecanismo desagradou o governo federal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apresentou o projeto de lei, mas viu Derrite levar o PL para outro caminho. Apesar de defender que a PF não perca recursos, Alessandro Vieira avaliou que o texto precisa apenas passar por uma revisão técnica.

“É para verificar ajustes de forma; no mérito, ele está adequado ao que o colegiado, aqui no Senado, entende de endurecimento penal, endurecimento na execução das penas, mas é preciso ter um cuidado e uma verificação mais apurada no tocante à forma e à constitucionalidade de alguns pontos”, disse o senador.

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Alessandro Vieira

Para o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), a escolha de Vieira para relatar o PL Antifacção vai blindar o debate na Casa. “Eu gostaria de proteger esse projeto do debate que estamos vivenciando, infelizmente, na Câmara dos Deputados, entre situação e oposição. E proteger esse projeto, esse relatório, é defender verdadeiramente os brasileiros”, contou.

Com a relatoria de Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicano), o debate acerca do PL ganhou forte contorno político, e o texto aprovado representou uma derrota para a base de Lula na Câmara.

Alcolumbre ainda destacou que os senadores Sergio Moro (União-PR) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) haviam pedido para relatar o texto, mas a nomeação de Vieira se justificou pelo perfil mais independente e porque o parlamentar, que é policial civil, “tem na sua agenda pessoal o combate e a proteção dos brasileiros, enfrentando o crime organizado desde sua origem”.

Próximos passos

O Senado Federal terá uma audiência pública na próxima semana para discutir o projeto. Depois, o texto passa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ser votado em Plenário. Em caso de alterações, o PL volta à Câmara para análise.

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