PRISÃO PREVENTIVA

Bolsonaro estaria em surto e ouvia vozes da tornozeleira antes de queimá-la

Para políticos próximos do ex-presidente, violar o equipamento horas antes de fugir não faz sentido

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Aliados e pessoas próximas da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acreditam que ele estava em surto, ouvia vozes vindas da tornozeleira eletrônica e, por isso, usou um ferro de solda para tentar romper o equipamento. Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22/11) por decisão de Alexandre de Moraes, relator do processo contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF), para garantir a ordem pública, sob a alegação de risco de fuga após violação do aparelho

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De acordo com a decisão, o equipamento foi violado às 00h08, e o dano facilitaria a fuga de Jair, uma vez que o condomínio onde mora estaria com uma aglomeração de pessoas por uma vigília convocada pelo filho dele, Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

O ex-presidente admitiu a violação e disse que “meteu ferro” no equipamento por “curiosidade”, mas que não rompeu a pulseira. Conforme a Secretaria de Administração Penitenciária do governo do Distrito Federal, a tornozeleira foi queimada em toda a circunferência. 

Ao Estadão, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL) disse que o ex-presidente está “totalmente alterado”. Já nas redes sociais, outro aliado, o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP), questionou uma violação do equipamento horas antes de uma tentativa de fuga: “Se você estivesse com uma tornozeleira eletrônica e quisesse fugir em meio a uma vigília, mexeria no computador de monitoramento do equipamento 24h antes do evento ou cortaria rapidamente o aro segundos antes da fuga, com tudo pronto para zarpar?”

Defesa se diz perplexa

Em nota, a defesa de Jair Bolsonaro afirmou que a determinação da prisão preventiva provocou “profunda perplexidade” por ter sido motivada por um “vigília de orações”. Os advogados do ex-presidente ainda afirmaram que vão recorrer da decisão e que a medida cautelar vai na contramão da Constituição Federal, que garante “direito de reunião a todos, em especial para garantir a liberdade religiosa”.

O documento também cita que, apesar da decisão apontar “existência de gravíssimos indícios da eventual fuga”, o ex-presidente foi preso em sua casa, com tornozeleira eletrônica e sendo vigiado pelas autoridades policiais. “Além disso, o estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco”, diz trecho.

Ainda segundo a defesa, em uma conversa com jornalistas na saída da sede da Superintendência da Polícia Federal, não havia possibilidade de fuga de Jair. "O presidente Bolsonaro não teria, de forma alguma, como subtrair-se, como evadir-se de sua casa. Ele tem uma viatura armada com agentes federais 24 horas por dia, sete dias por semana, na porta da casa dele", declarou.

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Veja o que disse a defesa de Jair Bolsonaro, na íntegra:

A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada na manhã de hoje, causa profunda perplexidade, principalmente porque, conforme demonstra a cronologia dos fatos (representação feita em 21/11), está calcada em uma vigília de orações.

A Constituição de 1988, com acerto, garante o direito de reunião a todos, em especial para garantir a liberdade religiosa. Apesar de afirmar a “existência de gravíssimos indícios da eventual fuga”, o fato é que o ex-Presidente foi preso em sua casa, com tornozeleira eletrônica e sendo vigiado pelas autoridades policiais.

Além disso, o estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco. A defesa vai apresentar o recurso cabível.

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