O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), teve um destaque discreto na avaliação popular sobre o "Consórcio da Paz", união de governadores de direita anunciada para combater o crime organizado. Segundo a nova pesquisa Genial/Quaest, Zema foi citado por 5% dos brasileiros como o governador que "se saiu melhor até aqui" na iniciativa.
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O governador de Minas ficou em quarto lugar no ranking de percepção de destaque, muito atrás do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), apontado por 24% dos entrevistados. O segundo lugar ficou com Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, com 13%, seguido por Ronaldo Caiado (União), de Goiás, com 11%.
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Abaixo de Zema, apareceram Jorginho Mello (SC), com 3%, e Celina Leão (DF) e Eduardo Riedel (MS), ambos com 2%. A maioria dos entrevistados não soube ou não respondeu (31%) ou avaliou que nenhum deles se destacou (9%).
Ainda segundo o instituto de pesquisa, a criação do consórcio "divide fortemente as opiniões". Para 47% dos entrevistados, a união dos governadores "é mais uma ação política", enquanto para 46% ela "pode ajudar a reduzir a violência".
Como mostrou o Estado de Minas, nos últimos meses, Zema tem endurecido seu discurso na área, se posicionando de forma crítica às políticas de segurança pública do governo Lula (PT). O estopim dessa ofensiva foi a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, considerada a mais letal da história do estado vizinho, com 121 mortes, 117 suspeitos e quatro policiais, segundo o governo fluminense. Desde então, foram, no mínimo, 20 publicações distintas sobre o tema.
Enquanto a operação gerava debates sobre a letalidade policial, Zema se alinhou ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), no lançamento do “Consórcio da Paz”, iniciativa que reunirá sete governadores, incluindo o governador mineiro, para trocar informações de inteligência, realizar cooperação operacional e compras conjuntas de equipamentos, com a promessa de ampliar o combate ao crime organizado.
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O grupo é formado majoritariamente por gestores de direita e surge como alternativa à articulação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de Segurança Pública elaborada pelo governo federal.
A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 6 e 9 de novembro, com margem de erro de 2 pontos percentuais.
