O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi preso preventivamente nesta quinta-feira (13/11) durante nova fase da Operação Sem Desconto. A ação, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), faz parte da investigação de descontos ilegais em aposentadorias e pensões que pode ter gerado um prejuízo de R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos.

Além da prisão de Stefanutto, a PF e a CGU cumprem outros nove mandados de prisão preventiva e 63 mandados de busca e apreensão. As diligências ocorrem em 15 estados, incluindo Minas Gerais, e no Distrito Federal.

Segundo as investigações, o esquema criminoso funcionou entre 2019 e 2024, realizando descontos associativos não autorizados nos valores recebidos por aposentados e pensionistas.

A PF informou que apura os crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação e dilapidação patrimonial.

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Alessandro Stefanutto foi demitido da presidência do INSS em abril deste ano. Ele já havia sido afastado da função anteriormente, quando o escândalo das fraudes no órgão veio a público.

Em nota à imprensa, a defesa de Stefanutto classificou a prisão como “ilegal” e afirmou que ele colabora com as investigações desde o início. “A defesa não teve acesso à decisão que decretou a prisão. O ex-presidente segue confiante de que provará sua inocência ao final do processo.”

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