O governador Romeu Zema (Novo) criticou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada na manhã deste sábado (22/11) pela Polícia Federal (PF) em Brasília (DF). Nas redes sociais, o representante do governo mineiro falou em “tirania” e “dever da resistência”.

“A Justiça hoje no Brasil é utilizada apenas como arma de perseguição ideológica. A lei legitima a tirania. Bastiat já falava isso séculos atrás. É a história se repetindo”, afirmou na publicação. O texto acompanhava uma citação do economista e jornalista francês Frédéric Bastiat, do século XIX, que diz: “Se a lei organiza a injustiça, a resistência se torna um direito e um dever”.

Mais cedo, o governador afirmou que a prisão do ex-presidente comprova que a injustiça prevaleceu. De acordo com o governador, a “injustiça prevaleceu”. “O Brasil viu hoje o que já sabíamos: afastaram Jair Bolsonaro do convívio da família, de forma arbitrária e vergonhosa para a nossa história”, afirmou Zema.

Para ele, “silenciar opositor não é Justiça, é abuso de poder”. Zema também manifestou solidariedade aos filhos e familiares do ex-presidente, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo contra Jair no STF, sob alegação de violação da tornozeleira eletrônica, risco de fuga e desrespeito à ordem, após Flávio Bolsonaro convocar uma vigília no condomínio do pai. O ex-presidente estava em prisão domiciliar e usava tornozeleira eletrônica desde o mês de agosto, por ter violado restrições impostas durante o julgamento. 

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A defesa de Bolsonaro, o advogado Paulo Cunha Bueno, afirmou, porém, que o ex-presidente não tinha como fugir, uma vez que estava com viatura armada na porta de casa 24 horas por dia. Para o advogado, Bolsonaro “é um idoso” com “problemas graves de saúde” e sua prisão foi uma “humilhação”.

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