O governo no gerúndio: nem o plano de contingência está pronto ainda, admite Alckmin

Vice-presidente diz que governo dialoga com os EUA, mas não apresenta plano para amenizar efeitos da taxação de produtos brasileiros, prevista para começar na próxima sexta-feira

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Com discurso repetido, o vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, deixou exposta a lentidão do governo diante da iminência da tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos para as importações de produtos brasileiros. Em conversa com jornalistas nesta segunda-feira, 28, Alckmin manteve o tom de otimismo moderado — o mesmo adotado no início das negociações — e a palavra “diálogo” seguiu se repetindo em suas respostas.

Questionado se havia alguma articulação com o presidente Lula para que ele procurasse diretamente Donald Trump, Alckmin desconversou: “Eu não conversei com o presidente Lula sobre isso, mas Lula é homem do diálogo. Sempre defendeu o diálogo, que é o que nós fazemos permanentemente”.

O vice também confirmou que o plano de contingência, com medidas do governo federal para ao menos tentar amortecer os danos que o tarifaço pode impor à economia brasileira, segue em elaboração. Só que ainda não há nem sequer uma data para ser anunciado. “Todo empenho agora é para a gente buscar resolver o problema. Quando houver algo para anunciar, vocês serão os primeiros a saber”, disse, repetindo a toada das entrevistas que concedeu na semana passada para falar do assunto.

Nos bastidores, auxiliares do Planalto confirmam que as tentativas de diálogo com os norte-americanos seguem em curso, mas ressaltam que por enquanto os detalhes desses movimentos precisam ser mantidos sob reserva. Embora os ministérios envolvidos discutam internamente medidas de contenção, o fato é que, até o momento, o governo não apresentou nenhuma ação concreta. Uma eventual conversa com Trump pode até depender da disposição da outra parte, mas o plano de contingência, que depende apenas do governo brasileiro, ainda não saiu.

Desde o anúncio das tarifas, há quase um mês, Alckmin tem se reunido com empresários, ouvindo demandas e reforçando o compromisso com uma solução negociada. A quatro dias do prazo para o início da taxação, o governo corre contra o tempo, mas ainda sem mostrar como pretende evitar o impacto.

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