O que a derrota esmagadora na Bolívia pode ensinar à esquerda no Brasil?

Membros do governo Lula e do PT analisam cenário de voto nulo defendido por Evo Morales, que dividiu seu partido, o MAS, e encerrou duas décadas de hegemonia no país

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A derrota acachapante da esquerda na Bolívia no primeiro turno das eleições presidenciais, neste domingo, 17, vai ser analisada e discutida nesta semana, em reuniões internas, por membros do governo Lula e do PT. A campanha pelo voto nulo defendida pelo ex-presidente Evo Morales (foto em destaque) – proibido de disputar um quarto mandato – tirou o partido governista MAS (Movimento ao Socialismo) do poder, depois de duas décadas de hegemonia.

O cenário de derrota histórica da esquerda na Bolívia foi acompanhado com apreensão no Brasil e, em especial, por alas do PT, que vão debater o resultado e as lições a serem tiradas. Além do avanço da direita na América Latina e do impacto na economia local para as relações internacionais, um dos focos será o movimento de voto nulo pregado por Evo, que desidratou as candidaturas governistas. Cerca de 20% dos eleitores anularam o voto, muito acima dos 5% da média histórica local.

Impedido de disputar as eleições e rompido com o atual presidente, Luis Arce, Morales pregou a anulação dos votos e retirou seu apoio aos aliados, desidratando as chances do MAS continuar no poder. O partido esquerdista entrou dividido na disputa e lançou dois candidatos. Andrónico Rodríguez, atual presidente do Senado, não atingiu dois dígitos nas urnas, depois de passar de ex-pupilo de Evo a inimigo. Na votação de domingo ele foi atacado com pedras. O segundo nome da esquerda, Eduardo del Castillo, teve 3% dos votos contabilizados.

Com a derrocada do MAS, a Bolívia terá um segundo turno inédito entre dois antagonistas da esquerda. O senador Rodrigo Paz Pereira, do Partido Democrata Cristão, de centro-direita, vai enfrentar o ex-presidente Jorge Tuto Quiroga, do Aliança Livre, de direita. O segundo turno está marcado para o dia 19 de outubro. 

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