
Dia Internacional da Educação: pedagoga reforça papel da educação no combate ao ódio
Campanha mundial de 2024 prioriza a educação e atuação dos professores como ferramentas de promoção da paz
compartilhe
Siga noNesta quinta-feira (24/1), é comemorado o Dia Internacional da Educação. A data está no sexto ano de celebração e foi proposta pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Pensando nas diversas pautas que o dia acolhe, um dos temas para o aprimoramento do ensino é o papel que a educação e os professores desempenham no combate ao discurso de ódio. Pedagoga do Núcleo de Educação a Distância do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Ana Gabriella Sardinha descreve a educação como ferramenta de desenvolvimento em prol de uma sociedade com mais empatia.
Para Ana Gabriella, além de planejar, implementar e integrar noções de educação não violenta, é necessário promover valores como tolerância e respeito dentro das escolas, para que seja possível construir uma sociedade mais justa e solidária. De acordo com estudo divulgado pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, um em cada 10 estudantes brasileiros é vítima de bullying e cyberbullying, prática que se refere a atos de intimidação e violência física ou psicológica, geralmente em ambiente escolar. Entre os professores, sete em cada 10 relatam aumento de violência nas escolas, especialmente entre os alunos.
24/01/2024 - 13:00 Janeiro Branco: a importância do sono para a saúde mental 23/01/2024 - 18:15 Descubra os 5 erros mais comuns ao treinar na academia 24/01/2024 - 14:00 O que você precisa saber sobre as viroses de verão
Por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), a UNESCO alerta que o discurso de ódio fomenta o preconceito e banaliza práticas violentas no cotidiano. Sua recente escalada global, disseminada pelo uso das redes sociais e exacerbada por crises prolongadas em diferentes regiões, tem um impacto grave na segurança, saúde mental e proteção das comunidades em todo o mundo.
Leia: Descubra os benefícios do morango para a memória
De acordo com Ana Gabriella, a campanha não se limita às aulas de ciências humanas, mas deve ser incorporada em todas as áreas do conhecimento. “É fundamental que o combate ao ódio pela educação seja uma prática constante". Para a especialista, são válidos todos os esforços dos profissionais da educação e estudantes que buscam a quebra de discriminação, bullying e preconceito na educação e nas escolas das periferias. “Precisamos colocar em prática os princípios registrados no Manifesto UNESCO 2000 por uma cultura da paz: respeitar a vida, rejeitar a violência, ser generoso, ouvir para compreender, preservar o planeta e redescobrir a solidariedade. Esta data pede paz na educação”, complementa.
Manifesto pela paz
O Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência foi escrito por um grupo de vencedores do Prêmio Nobel da Paz visando criar um senso de responsabilidade pessoal em relação à humanidade. Foi lançado em Paris em março de 1999 e aberto para assinaturas do público geral em todo o mundo. O documento inclui Nelson Mandela, Dalaï Lama, Desmond Tutu e Mikhail Gorbatchev. Os pilares da publicação são: não violência, diálogo, tolerância, reconciliação, justiça e solidariedade. Mais de 76 milhões de pessoas no mundo assinaram o manifesto.