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Retenção urinária feminina: pode causar falência renal; entenda

Retenção urinária feminina: você pode ter e nem saber. Esta condição é mais comum do que se imagina, afeta mulheres em qualquer faixa etária e pode causar falência renal

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Você já teve a sensação de que a sua bexiga vai transbordar, mas quando foi ao banheiro saiu só um pouquinho de urina, ou pior, simplesmente não conseguiu urinar? Ou ainda, nem sentiu que estava com a bexiga cheia e quando percebeu, o xixi vazou?


Se já passou por qualquer uma destas situações, fique alerta: você pode estar com retenção urinária que não é uma doença, mas uma condição geralmente associada a outros problemas de saúde e que incapacita a mulher (ou homem) parcial ou totalmente de urinar.


A retenção urinária pode ser crônica e se desenvolve ao longo do tempo, nem sempre apresentando sintomas imediatos, já que a pessoa pode até urinar, porém, não esvazia completamente a bexiga. Mas há casos onde ela ocorre de forma imediata, por exemplo, após uma lesão medular, que é a chamada retenção urinária aguda.

A forma aguda de retenção urinária costuma ocorrer subitamente, causar dor intensa e, em alguns casos, até ser fatal, pois a pessoa não consegue urinar mesmo com a bexiga cheia. Estudos internacionais apontam que cerca de 3 em cada 100.000 mulheres desenvolvem retenção urinária aguda anualmente.



Paratleta e influenciadora digital

Quem vê a energia e alegria da influenciadora digital (@danielaabezerra), paratleta de arremesso e modelo, Daniela Bezerra, sequer imagina que ela convive com a retenção urinária crônica há 12 anos: "Um tiro, disparado por um ex-namorado, resultou em uma lesão medular que comprometeu minhas funções motora, sensorial e autonomia. Por isso, além do uso da cadeira de rodas, faço uso diariamente do cateterismo intermitente limpo (CIL) para esvaziar a bexiga, utilizando o catéter hidrofílico da Coloplast, marca da qual sou embaixadora”, explica Daniela, que também é fotógrafa e empreendedora.

Ela conta que, num primeiro momento, se revoltou, mas graças ao apoio da família e a fé, consegui extrair o melhor daquele acontecimento trágico: “A limitação está dentro da nossa cabeça. Por isso, eu decidi encarar a cadeira de rodas como o meio para me levar até meus sonhos. Nem ela e nem a retenção urinária me limitaram. Ao contrário, elas me trouxeram novas e muitas oportunidades; conheci locais e pessoas incríveis! Hoje, me aceito e me amo com todas as cicatrizes e mudanças no meu corpo, porque elas fazem parte da minha nova versão”.

Causas de retenção

A obstrutiva: na maioria dos casos resultante de pedras nos rins que obstruem o canal da uretra, impedindo a urina de fluir livremente pelo trato urinário. Este tipo de retenção urinária, apesar de incomoda e dolorida, pode ser revertida com tratamento medicamentoso ou, em alguns casos, com cirurgia.

A não obstrutiva: é a que mais impacta na vida da mulher, porque nem sempre pode ser revertida. Isso porque a obstrução pode estar relacionada: 

  • - A doenças neurológicas e/ou degenerativas que interferem na comunicação entre o cérebro e a bexiga como a mielomeningocele e a esclerose múltipla.
  • - Alesões medulares como o trauma raquimedular, uma lesão na coluna vertebral resultante de acidentes automobilísticos, entre outros, e que pode deixar a mulher paraplégica ou tetraplégica.


Padrão ouro em cuidado

De acordo com a Diretrizes de Atenção à pessoa com Lesão Medular do Ministério da Saúde:

  1. Anualmente no Brasil são registrados entre 6 e 8 mil novos casos de trauma raquimedular (lesão medular).
  2. De cada 10 pessoas com lesão de medula que recebe alta hospitalar, 4 tem indicação para a realização do cateterismo intermitente, considerado o padrão ouro em cuidado da retenção urinária crônica, sendo a prática mais difundida e comum o cateterismo intermitente limpo (CIL).
  3. Os cateteres hidrofílicos são os mais recomendáveis para usuários que necessitam fazer  o cateterismo intermitente limpo (CIL) para pessoas com retenção urinária crônica, por quê:
  • permite o esvaziamento periódico da bexiga (4 a 6x/dia) por meio da introdução de um cateter na uretra ou outro canal cateterizável.
  • o uso do cateter permite a remoção da “urina residual” evitando multiplicação de bactérias e infecções urinárias recorrentes.
  • comparado aos cateteres de permanência, o CIL reduz pela metade a ocorrência de infecções urinárias.

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