Os gatos são animais que despertam curiosidade e encantam. Pesquisas indicam que a convivência entre humanos e felinos teve início há cerca de 10 mil anos, na antiga mesopotâmia, quando os gatos começaram a ser atraídos por comunidades agrícolas devido à abundância de roedores. Com personalidades misteriosas e características únicas, esses animais rapidamente conquistaram um lugar especial ao lado das pessoas.

Apesar dessa longa convivência, muitas crenças sobre os gatos foram transmitidas ao longo das gerações, mas elas nem sempre refletem a realidade. Seja por suas atitudes enigmáticas ou por seu comportamento singular, esses pets continuam a inspirar mitos que se perpetuam até hoje.



Vamos explorar algumas dessas ideias e descobrir mais sobre essa espécie fascinante

Os gatos sempre caem em pé

Mito: Embora seja comum ver imagens de felinos caindo em pé, essa não é uma regra. O que ocorre é que a espécie tem o chamado “reflexo de endireitamento”, que é uma combinação de sua percepção de equilíbrio, associada ao sistema vestibular no ouvido interno, e à flexibilidade de sua coluna vertebral. Isso permite que eles girem o corpo rapidamente durante a queda e se posicionem de maneira a aterrissar de pé. Entretando, dependendo do tipo de queda ou altura o animal pode não conseguir cair em pé. Além disso, as quedas podem gerar fraturas ou lesões em órgãos internos

Ilona Ilyés pixabay - Quem tem jardim pode deixar os gatos livres para se divertir, pois eles amam o ambiente arborizado. Mas se eles quebrarem as plantas, borrife um pouco de água no gato que ele logo volte para dentro de casa.
FREEPIK - Apesar de serem frequentemente vistos como independentes, os gatos adoram carinho
Pixabay - Gato - Assim como os cães, os gatos são um animal de estimação muito comum. É verdade que alguns são antissociais e mais difícieis de agradar do que um cachorrinho, porém eles criam fidelidade com o humano que se sentem bem.
rihaij por Pixabay - Gatos precisam ficar hidratados, mas dificilmente um pote de água os atrai. Para incentivar, deixe água em movimento. A água pingando ou escorrendo atrai o gatinho.
Shanon pixabay - Agora algumas observações. Embora os gatos exijam menos trabalho que os cães, é necessário estar atento às suas necessidades. Fornecer alimentação correta e assistência de saúde com veterinário.
Florian Bollmann por Pixabay - Não dê leite ao gato, isso é fantasia de desenho animado. Ele deve ser alimentado com ração seca ou alimentos úmidos enlatados, apropriados para seu consumo. A lactose não é bem digerida por gatos.
Divulgação Petlove - SRD - Gato sem raça definida. Assim como os cães vira-latas, geralmente são mestiços, resultantes de cruzamentos entre diferentes raças.
domínio público - Bengal ou Gato de bengala - Surgiu nos anos 1960, nos EUA, do cruzamento de gatos domésticos e gatos-leopardos asiáticos. Cauda média e grossa. Pelo curto e fino. Gato forte, malhado, parece selvagem, mas é dócil. Vive de 10 a 16 anos.
Dave Scelfo wiki commons - Havana Brown - Resultado do cruzamento de gato siamês com gato preto, na Inglaterra, nos anos 1950. Geralmente, são marrons, em tom escuro, com olhos verdes que chamam muito a atenção. Vivem entre 8 e 13 anos.
UrieldaCosta wiki commons - Angorá - Originário da Turquia. Conhecido na Europa desde o século 17, tem pelagem longa e sedosa, com predominância do branco e do laranja. A cor dos olhos varia. Alguns gatos têm um olho de cada cor. Vive de 12 a 18 anos.
Heikki Siltala wiki commons - Exótico - Raça que parece um gato persa, mas com pelos curtos. Resulta do cruzamento do persa com o gato de pelo curto americano. É robusto e vive de 10 a 15 anos.
Lucas Setin wiki commons - Persa - Originária do Irã (antiga Pérsia). Tem muita pelagem e focinho achatado. Mia pouco, num tom baixo, que não incomoda. Há mais de 100 combinações de cores para esses gatos. Vive entre 12 e 17 anos.
Pexels pixabay - O Brasil tem cerca de 27 milhões de gatos nas residências, de acordo com levantamento do Instituto Pet Brasil. Trata-se de um dos pets mais amados pela população.

Ronronar é sinal de satisfação

Verdade: Os felinos ronronam quando estão relaxados. O barulhinho característico é comum quando estão sendo acariciados ou em um ambiente seguro. Os filhotes, por exemplo, ronronam para comunicar à mãe que estão bem e seguros. Já os gatos adultos usam o som para se comunicar com seus tutores, especialmente quando querem atenção ou carinho.

Gatos não gostam de carinho

Mito: Apesar de serem frequentemente vistos como independentes, os gatos adoram carinho, especialmente em áreas como a cabeça, o pescoço e as costas. No entanto, a intensidade e a duração do afeto que cada pet aprecia variam de acordo com a sua personalidade.

Eles amam ter uma rotina:

Verdade: Os felinos são animais de hábitos e sentem-se mais seguros em ambientes previsíveis. Mudanças repentinas, como alterações no ambiente ou na rotina alimentar, podem gerar estresse. Isso explica por que eles têm horários bem definidos para comer, dormir e explorar.

Os felinos adoram leite:

Mito: Embora o leite materno seja indispensável para o desenvolvimento adequado e para a imunidade dos filhotes, ele não deve ser oferecido aos pets adultos. Isso ocorre porque a maioria dos pets perde a enzima lactase após o desmame, que é necessária para digerir a lactose presente no leite. Quando os gatos consomem leite, especialmente em grandes quantidades, a lactose não digerida pode causar desconfortos gastrointestinais, como diarreia e cólicas.

Eles adoram brincar:

Verdade. Brincar é uma atividade essencial para os gatos. Além de manter o pet ativo, elas ajudam a manter o ambiente enriquecido contribuindo para o desenvolvimento físico e mental dos pets.

Grávidas não podem conviver com felinos:

Mito: Esse mito está relacionado a falta de informação sobre a toxoplasmose, uma infecção que pode ser transmitida pelas fezes de gatos infectados. No entanto, o risco é baixo e pode ser evitado com simples precauções, como evitar limpar a caixa de areia ou usar luvas e lavar bem as mãos. Vale ressaltar que os gatos domésticos saudáveis e que não consomem proteínas cruas, têm pouca chance de contrair o parasita.

Gatos são noturnos:

Parcialmente verdadeiro: Os gatos são, na verdade, animais crepusculares, o que significa que são mais ativos durante o amanhecer e o entardecer. Essa característica está relacionada aos seus instintos de caça, já que muitos de seus ancestrais caçavam nesse período.

Sair de casa faz parte do instinto dos felinos

Mito: Essa informação que é amplamente difundida, não corresponde à realidade. A verdade é que os felinos têm hábitos e instintos de caça mais apurados que outros animais domésticos e por isso, precisam de estímulos diferentes. É fundamental investir no enriquecimento ambiental, com  brinquedos, arranhadores, além de mobiliário para os felinos subirem, escalarem e se esconderem. Para quem vive em casa, é possível dar acesso ao quintal, desde que o espaço seja telado. No caso de apartamentos, o acesso a varandas pode permitir que o pet observe o exterior. Além disso, interações diárias com seus tutores também são fundamentais para o bem-estar do felino.

Vale ressaltar que é fundamental que os tutores não permitam que os gatos saiam para a rua. Mantê-los no ambiente doméstico é fundamental para a segurança do pet, evitando riscos, como atropelamentos, brigas com outros animais, doenças e o perigo de se perderem.

Como visto, esses animais são cheios de nuances. Conhecê-los mais a fundo, separando mitos e verdades é uma forma de compreender melhor as necessidades e o comportamento dessa espécie tão fascinante. Afinal, uma coisa é certa: o que não faltam são motivos para admirar e amar os gatos.

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