As doenças que afetam o sangue e a medula óssea, como leucemia, linfoma e mieloma múltiplo, são o foco da campanha Fevereiro Laranja, que busca conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e desmistificar informações equivocadas. Embora os tratamentos tenham evoluído significativamente, ainda há muito desconhecimento sobre essas condições, o que pode atrasar diagnósticos e tratamentos adequados. 

“Essas doenças costumam gerar medo nas pessoas, mas é fundamental lembrar que, com o diagnóstico precoce e os atuais tratamentos disponíveis, como imunoterapias muitos pacientes podem ter resultados bastante positivos,” afirma Otávio Baiocchi, onco-hematologista e head do Centro Especializado em Linfoma e Mieloma do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. 



 
Fevereiro Laranja também destaca os avanços no transplante de medula óssea, um procedimento que salva vidas. “Muitas vezes, o transplante é visto como algo doloroso ou inacessível, mas a realidade é que ele é um procedimento muito mais seguro e eficaz, sendo a melhor alternativa para diversas condições hematológicas graves", complementa o onco-hematologista.


Mitos e verdades

Otávio Baiocchi separou seis mitos e verdades sobre essas doenças que são foco da campanha Fevereiro Laranja. Confira: 


1. Anemia x leucemia

Mito: a anemia pode ser um sintoma da leucemia, mas não é um fator de risco para o desenvolvimento da doença. 
 

2. Linfoma pode ser curado

Depende: muitos tipos de linfoma, como o linfoma de Hodgkin, apresentam altas taxas de cura. O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia e até transplante de medula óssea. Apesar de alguns tipos não serem curáveis, podem ser controlados por longos períodos.

3. Mieloma múltiplo afeta apenas idosos

Mito: apesar de ser mais comum em pessoas acima dos 60 anos, o mieloma também pode afetar adultos mais jovens. Tratamentos modernos, como terapias-alvo, permitem o controle da doença e melhoram a qualidade de vida dos pacientes.

4. Transplante de medula óssea é extremamente doloroso

Mito: a doação de medula óssea é realizada com anestesia e, muitas vezes, por meio de coleta no sangue periférico, sendo minimamente invasiva. O procedimento é seguro e pode salvar vidas, sendo essencial no tratamento de várias doenças hematológicas.
 

5. É muito difícil encontrar um doador compatível

Mito: graças aos bancos de doadores, como o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), a busca por compatibilidade tem se tornado mais eficiente, aumentando as chances de encontrar um doador adequado.
 

6. A doação de medula óssea prejudica a saúde do doador

Mito: o processo é seguro e não causa danos à saúde do doador. A medula óssea se regenera em poucas semanas.

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