Problemas com relativos aos transtornos alimentares afetam mais de 70 milhões de pessoas no mundo, segundo dados do Ministério da Saúde. De acordo com especialistas, os sintomas são, em sua maioria, silenciosos e nem sempre têm relação direta com o peso. Além disso, os sinais podem passar despercebidos por muito tempo.
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Para Viviane, o maior desafio está em reconhecer os comportamentos que foram normalizados pela sociedade, como a obsessão por dietas, a busca constante pelo corpo ideal ou o uso da comida como válvula de escape emocional. “O transtorno alimentar não é vaidade. É sofrimento real, muitas vezes silencioso, que precisa ser acolhido com empatia e tratado com responsabilidade”, afirma.
Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que os transtornos alimentares estão entre os problemas de saúde mental com maior taxa de mortalidade — e o crescimento de casos entre adolescentes é preocupante. Além disso, as mulheres são as mais acometidas por esses distúrbios, sendo a anorexia a de maior incidência no público de 12 a 17 anos e a bulimia se mostrando mais presente no início da vida adulta.
Viviane reforça que a escuta qualificada e o suporte psicológico são fundamentais para o processo de cura. “Falar sobre o assunto com seriedade e livre de julgamentos é o primeiro passo para salvar vidas. O sofrimento não precisa ser vivido em silêncio”, completa.