A modelo e influenciadora Andressa Urach revelou nesta semana que se submeteu a uma cirurgia para mudar permanentemente a cor dos olhos: de castanho-escuro para azul. A queratopigmentação, também conhecida como "tatuagem na córnea", foi realizada fora do Brasil, e gerou repercussão após ela relatar complicações como dores intensas nos dias seguintes ao procedimento. "Realizei um sonho de infância", relatou Andressa na publicação em que divulgou a mudança. 

No entanto, alguns dias depois, escreveu: "Já tô arrependida. Chegando no Brasil preciso ir urgente no médico. Está doendo muito! Vou embarcar daqui a pouco. Orem por mim", desabafou. 

O mesmo procedimento havia sido feito na semana anterior por Maya Massafera, que optou por olhos verdes claros. Ambas recorreram à cirurgia no exterior, já que no Brasil o procedimento é proibido para fins estéticos pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). 

'Já tô arrependida', disse Andressa em suas redes sociais

Redes Sociais/Reprodução

O que é a queratopigmentação?

A queratopigmentação é uma cirurgia na qual um pigmento é inserido na córnea – a camada transparente que cobre o olho – para modificar sua coloração. A técnica, que envolve a aplicação de laser seguida de pigmentação cirúrgica, é considerada de alto risco e possui resultados irreversíveis. 

Apesar de não provocar dor imediata, uma vez que os olhos são anestesiados antes da aplicação, a CBO alerta para os riscos, que podem incluir a cegueira permanente em casos extremos (saiba mais abaixo). 

Por que a cirurgia é proibida no Brasil?

De acordo com o CBO, a queratopigmentação só é indicada em casos específicos, como o de pacientes com cegueira irreversível que desejam revitalizar a aparência dos olhos, por exemplo, para atenuar a aparência esbranquiçada da córnea em pacientes com deficiência visual. 

Em nota divulgada no ano passado, o CBO alertou que, além de ser um procedimento de alto risco, a mudança de cor dos olhos pode causar:

  • Lesões persistentes na córnea, que podem levar até à perfuração do olho
  • Infecções graves, inclusive dentro do globo ocular
  • Aumento da pressão intraocular
  • Redução da visão periférica e central, podendo evoluir para a cegueira permanente

Dor, ardência, sensação de areia nos olhos, fotofobia (aversão à luz) e lacrimejamento constante já foram relatados por pacientes que se submeteram à cirurgia, segundo a CBO.

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