DIÁLOGO ABERTO

Insegurança com diagnóstico ou tratamento? Busque a segunda opinião médica

Especialista desmistifica prática e frisa a importância de ouvir alternativas para casos complexos

Publicidade
Carregando...

A prática de ouvir uma segunda opinião médica ainda é cercada de tabus, porém, é algo frequentemente realizado e muitas vezes indicado pelo próprio médico. Na busca por uma nova opinião, o paciente tem a possibilidade de obter a avaliação de outro profissional de saúde sobre seu diagnóstico ou tratamento antes de tomar uma decisão definitiva. Este procedimento é importante em casos de doenças graves, diagnósticos incertos ou tratamentos invasivos, em que a margem de erro pode ter consequências significativas.

Segundo o médico infectologista Evaldo Stanislau, professor da Inspirali, ecossistema que atua na gestão de 15 escolas médicas em diversas regiões do Brasil, ainda existem muitos profissionais que se ofendem com isso e pacientes que sentem vergonha, e até medo, de buscar uma segunda opinião.

“Devemos encorajar nossos pacientes para que eles se sintam seguros e acolhidos e dar o máximo para que eles, e nós, tenhamos a certeza de que fomos ao limite do possível, quer pela ciência, quer pelo acesso. Sempre que possível, e o que faz a diferença, é o ir além do possível”, declara Evaldo Stanislau.

O médico cita uma pesquisa realizada em um centro referência para câncer nos Estados Unidos, que buscou saber o que faziam para que os pacientes ficassem na instituição ao invés de no local do primeiro atendimento.

“Em 18 meses de seguimento, os dados de 237 pacientes que vieram para uma segunda opinião foram analisados. A depender do tipo de câncer, as motivações foram distintas. No câncer de pâncreas e colorretal, a motivação era busca por terapias avançadas ou curativas, técnicas mais prováveis em um centro com esse perfil. No caso do câncer de mama, a motivação foi a de ter um leque maior de opções para uma terapia integral, sendo que a presença de um bom cirurgião plástico para as etapas de reconstrução da mama motivava quase 90% das pacientes, além de recursos coadjuvantes como uma boa radioterapia. Outro dado significativo que apareceu na pesquisa foi o acolhimento. Penso que esse seja um tema importante e sensível”, explica o médico.

No Brasil, o direito a uma segunda opinião médica está implícito na Constituição Federal de 1988 e respaldado pelo Código de Defesa do Consumidor, além do Código de Ética Médica. “Uma segunda opinião médica pode ser crucial para evitar erros de diagnóstico e tratamentos inadequados. Não se trata de desconfiança com a primeira opinião dada, mas sim da necessidade de trazer a melhor opção e avaliar todas as alternativas, para o bem do paciente”, reforça Evaldo.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Tópicos relacionados:

medicina sa-de saude

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay