Esta terça-feira (8/7) marca o Dia Mundial da Alergia. A data serve como um lembrete da crescente predominância de doenças alérgicas em todo o mundo. Um estudo conduzido por gastroenterologistas pediátricos, em que constataram que a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é a  mais comum na infância, atingindo 2,2% da população das crianças, com prevalência de 5,4% nas crianças avaliadas.

O estudo também aponta que cerca de 23,5% dos pais de bebês (lactentes) desconfiavam que seus filhos tinham alergia a alimentos. No entanto, apenas 1,9% desses casos foram confirmados por Teste de Provocação Oral (TPO) e o leite de vaca foi identificado como o principal agente causador nesses casos confirmados. Entre pré-escolares (de quatro a 59 meses), o relato de alergias alimentares foi de 17,2%, mas a confirmação por TPO foi de apenas 0,61%, com predominância de alergias ao leite de vaca e ovo.



O pediatra e coordenador da pós graduação de emergências pediátricas da Afya Educação Médica de Belo Horizonte, Luis Fernando de Andrade Carvalho, destaca que os sintomas de alergia alimentar podem variar de leves a graves e, normalmente, aparecem minutos após o contato com o alimento.

"Fique atento a manifestações cutâneas como urticária, vermelhidão e coceira. Também podem surgir reações gastrointestinais, incluindo vômitos, cólicas, diarreia e dor abdominal, além de sintomas respiratórios como chiado no peito, tosse e rouquidão.”

O especialista informa que a alergia alimentar é um problema de saúde pública global e afeta cerca de 8% a 10% das crianças e adultos, e ressalta que os principais alimentos causadores de alergias em crianças incluem ovos, trigo, soja, amendoim, castanhas (como castanha-de-caju e castanha-do-pará), peixes e frutos do mar.

Sintomas graves e primeiros socorros

O coordenador da Afya explica que os sintomas de uma alergia alimentar grave podem incluir as reações cutâneas, juntamente com manifestações respiratórias, e envolvimento do sistema gastrointestinal, cardiovascular ou neurológico.

“Os principais sintomas são as manchas na pele (urticária), dificuldade respiratória , inchaço na garganta (edema de glote), queda de pressão arterial, palidez, desmaio e vômitos intensos”, enfatiza.

O profissional alerta que, em caso de anafilaxia, deve-se aplicar imediatamente adrenalina (epinefrina) intramuscular, acionar o serviço de emergência e manter a criança deitada com as pernas elevadas, se possível. Ele ressalta ainda que a adrenalina é o tratamento de escolha, e outros medicamentos não substituem sua ação em casos graves.

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