Infecção Viral

Caxumba: tudo sobre a doença que causa inchaço nas glândulas salivares

Veja como reconhecer os sinais da caxumba, quais complicações podem surgir em adultos e crianças e entenda como a vacinação protege contra a doença

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A caxumba, também chamada de papeira, é uma infecção viral que ficou conhecida por causar inchaço nas glândulas salivares, próximo ao ouvido. Embora seja mais comum na infância, ela também pode atingir adolescentes e adultos, trazendo riscos maiores nessa faixa etária.

Com o avanço da vacinação, o número de casos caiu drasticamente no Brasil. Mesmo assim, surtos ainda podem acontecer, principalmente em locais com baixa cobertura vacinal. Conhecer os sintomas, formas de transmissão e medidas de prevenção é fundamental para evitar complicações.

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Transmissão da caxumba

O vírus da caxumba é facilmente transmitido de pessoa para pessoa. Isso acontece principalmente por via aérea, através das gotículas eliminadas ao falar, tossir ou espirrar. O contato direto com saliva infectada também representa risco.

Menos comum, mas ainda possível, é a transmissão indireta, quando alguém tem contato com objetos contaminados, como talheres e copos.

O período de incubação, tempo entre a exposição ao vírus e o aparecimento dos primeiros sintomas, varia de 12 a 25 dias. Já a transmissão pode ocorrer alguns dias antes das manifestações clínicas e se prolongar até mais de uma semana após o início da doença.

Uma característica importante: quem já teve caxumba uma vez, ou foi vacinado, adquire imunidade permanente contra o vírus.

Sintomas mais comuns

O sintoma clássico da caxumba é o inchaço dolorido nas glândulas salivares, que pode atingir apenas um lado do rosto ou os dois. Esse aumento costuma vir acompanhado de febre e desconforto ao mastigar ou engolir.

Outros sinais frequentes incluem:

  • dor de cabeça;

  • cansaço e fraqueza;

  • perda de apetite;

  • febre moderada a alta;

  • dor ao falar ou mastigar.

Apesar de marcante, o inchaço não aparece em todos os casos. Estima-se que cerca de 30% das pessoas infectadas não apresentem esse sintoma típico.

Caxumba pode causar complicações em adolescentes e adultos sem imunização
Caxumba pode causar complicações em adolescentes e adultos sem imunização iStock

Possíveis complicações

A maioria dos casos de caxumba evolui bem e se resolve em até duas semanas. Mas, em algumas situações, especialmente em adolescentes e adultos, a infecção pode gerar complicações. Entre elas estão:

  • Orquite: inflamação nos testículos, comum em homens adultos;

  • Ooforite e mastite: inflamações nos ovários e nas mamas, respectivamente;

  • Meningite e encefalite: infecções que atingem o sistema nervoso central;

  • Pancreatite: inflamação no pâncreas;

  • Perda auditiva: embora rara, pode ocorrer em crianças pequenas.

Em gestantes, contrair a doença durante o primeiro trimestre aumenta o risco de aborto espontâneo.

Entenda como é feito o diagnóstico e o tratamento

O diagnóstico da caxumba geralmente é clínico, feito a partir da observação do inchaço nas glândulas e do histórico do paciente. Exames laboratoriais podem ser solicitados, mas não fazem parte da rotina em todos os serviços de saúde.

Não existe um tratamento específico para eliminar o vírus. O organismo é capaz de combater a infecção naturalmente. O cuidado médico se concentra em aliviar os sintomas e garantir a recuperação adequada. Entre as orientações estão:

  • repouso e hidratação;

  • uso de medicamentos para febre e dor, sempre com orientação médica;

  • alimentação leve e de fácil mastigação;

  • higiene bucal adequada.

Em casos de complicações, pode ser necessário acompanhamento hospitalar.

Vacinação: a principal forma de prevenção

A forma mais eficaz de evitar a caxumba é a vacinação. No Brasil, ela está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em duas versões:

  • Tríplice viral: protege contra sarampo, caxumba e rubéola;

  • Tetra viral: além dessas três doenças, inclui proteção contra a catapora.

O esquema recomendado é:

  • primeira dose da tríplice viral aos 12 meses de idade;

  • segunda dose com a tetra viral aos 15 meses.

Vacinação é a principal forma de prevenção contra a caxumba no Brasil
Vacinação é a principal forma de prevenção contra a caxumba no Brasil iStock

Adultos que não tiveram a doença ou não foram vacinados devem se imunizar. As únicas exceções são gestantes e pessoas com imunodeficiência grave, para quem a vacina é contraindicada.

Vale destacar que, mesmo quando aplicada por engano em gestantes, não há evidências de risco aumentado de complicações. Ainda assim, a recomendação oficial é de evitar a vacinação durante a gravidez.

A caxumba deixou de ser uma das grandes preocupações de saúde pública graças à vacinação, mas continua sendo uma ameaça em locais onde a cobertura vacinal não é adequada. Informar-se, vacinar as crianças e manter o esquema de doses em dia são atitudes simples que protegem não apenas o indivíduo, mas toda a comunidade.

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