De acordo com o “Cardiômetro” da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), até o início de setembro de 2025 foram registradas mais de 285 mil mortes no Brasil em decorrência de problemas no coração e na circulação.

Isso significa que as doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de óbito entre brasileiros, superando até mesmo o câncer. O Setembro Vermelho, mês de conscientização sobre a saúde cardiovascular, chama a atenção para a necessidade de prevenção, diagnóstico precoce e acompanhamento médico regular.

Fator de risco

Entre os fatores de risco mais comuns está o colesterol elevado, considerado silencioso por não apresentar sintomas até que surjam complicações graves. “O colesterol alto leva à formação de placas de gordura nas artérias, prejudicando o fluxo sanguíneo e a oxigenação dos órgãos”, explica a cardiologista, Luciana Neiva, do São Marcos Saúde e Medicina Diagnóstica, da Dasa. 

Mas lembre-se: a alimentação é apenas um dos fatores que influenciam a saúde do coração. Consulte um médico ou nutricionista para um acompanhamento personalizado. Arquivo/MS
Gorduras saturadas e trans presentes em carnes vermelhas, laticínios integrais, manteiga e óleos hidrogenados também aumentam o colesterol ruim e o risco de doenças cardíacas. freepik vecstock
Por outro lado, há também os alimentos que devem ser evitados quando se trata de saúde do coração. Alguns exemplos são os processados e os ultraprocessados como salgadinhos, refrigerantes, embutidos e fast food, ricos em sódio, açúcar e gorduras saturadas. pexels Foodie Factor
Sementes: Algumas sementes como linhaça, chia e sementes de abóbora também são ricas em fibras e ômega-3, as sementes ajudam a melhorar os níveis de colesterol e a saúde do coração de maneira geral. Divulgação
Chocolate amargo: Rico em flavonoides, o chocolate amargo (com 70% ou mais de cacau), quando consumido com moderação, pode ajudar a melhorar a circulação sanguínea, reduzir a pressão arterial e prevenir a formação de coágulos. Divulgação
Abacate: Rico em gorduras saudáveis, o abacate ajuda a melhorar o perfil lipídico, reduzindo o LDL e aumentando o HDL. Também é uma fonte de potássio, que ajuda a regular a pressão arterial. Juraj Varga por Pixabay
Azeite de oliva: O azeite extra-virgem é uma excelente fonte de gorduras monoinsaturadas, que ajudam a reduzir o colesterol ruim e aumentam o HDL (colesterol "bom"). Também tem propriedades anti-inflamatórias. Divulgação
Esses vegetais são ricos em antioxidantes, fibras, vitaminas e minerais, como o magnésio, que ajudam a regular a pressão arterial e melhoram a saúde dos vasos sanguíneos. pexels Rodolfo Quirós
Dê preferência para frutas com cores vibrantes e legumes e verduras verde-escuras. Alguns exemplos são: espinafre, couve, rúcula e brócolis. Jacques David/Pixabay
Frutas e legumes: Ricos em fibras, vitaminas e minerais, ajudam a controlar a pressão arterial, reduzir o colesterol e proteger as células do coração. wikimedia commons KamranAydinov
Leguminosas: Alguns exemplos são: feijão, lentilhas e grão-de-bico. Essas fontes vegetais de proteína são ricas em fibras, antioxidantes e micronutrientes, ajudando a controlar a glicose e os níveis de colesterol. Divulgação/Clube Extra
Além disso, protege as artérias do coração, mantendo-as flexíveis e relaxadas, ou seja, mais capazes de lidar com os aumentos e quedas de pressão sem grandes complicações. Tuasaude.com
Chá verde: Rico em antioxidantes, ajuda a reduzir a pressão arterial e a proteger o coração. Divulgação/Drogaria Minas Brasil
Esses ácidos reduzem a inflamação, diminuem os níveis de triglicerídeos e ajudam a prevenir coágulos sanguíneos, reduzindo o risco de doenças cardíacas. Jasper Koster/Unsplash
Peixes ricos em ômega-3: Alguns peixes como salmão, atum, sardinha e truta são ricos em ácidos graxos ômega-3. Rodolfo Oliveira/ Agência Pará
Ricas em gorduras insaturadas, fibras e antioxidantes, as oleaginosas ajudam a reduzir o colesterol LDL (colesterol "ruim") e melhoram a saúde vascular. Pixabay
Oleaginosas: São nozes, pistache, castanha do Pará, avelã, castanha de caju e amêndoas. Imagem de Leopictures por Pixabay
Aveia: A aveia é rica em fibras solúveis, especialmente a beta-glucana, que ajuda a reduzir o colesterol LDL. Comer aveia regularmente melhora a saúde do coração e ajuda no controle do peso. Unsplash/Melissa Di Rocco
O coração tem até um dia para celebrá-lo no planeta: 29 de setembro, Dia Mundial do Coração. Veja uma lista com alguns exemplos dos principais alimentos que fazem bem para o coração. freepik
Uma dieta saudável para o coração inclui alimentos que ajudam a manter os níveis de colesterol e reduzem a pressão arterial. Opções que permitem uma melhor circulação do sangue. Divulgação

Segundo Luciana, a maioria dos casos de dislipidemia, um distúrbio que causa alterações nos níveis de lipídeos (gordura) no sangue e aumenta o risco para infarto, AVC e outras complicações cardíacas graves – pode nunca apresentar sinais e sintomas, mesmo quando há alterações graves no perfil lipídico do paciente, exame que faz o diagnóstico do distúrbio.

Esse exame de sangue mede o colesterol total, LDL (ruim), HDL (bom) e triglicerídeos, podendo ser realizado sem a exigência do jejum na maioria dos casos.

A adoção de hábitos saudáveis, como prática de atividade física regular e alimentação equilibrada, é fundamental. Mas a prevenção ganha força quando aliada a exames laboratoriais simples e acessíveis, que ajudam a detectar alterações ainda em fase inicial.

“Esses testes fornecem dados valiosos para médicos traçarem estratégias personalizadas de cuidado, reduzindo riscos de infarto e AVC. Por isso a importância de cada pessoa acompanhar junto ao médico de confiança eventuais alterações que possam ser tratadas precocemente”, reforça a especialista.

Confira os 5 principais exames de análise clínica recomendados para a prevenção de doenças cardiovasculares:

  1. Perfil lipídico - Colesterol total e frações (HDL, LDL e VLDL) e triglicerídeos: avalia o perfil de lipídios no sangue relacionados ao risco de entupimento das artérias.
  2. Lipoproteína(a): um marcador de risco cardiovascular determinado geneticamente e recomendado para ser avaliado ao menos uma vez na vida.
  3. Creatinina e ureia: avaliam a função renal, já que doenças nos rins podem estar associadas a problemas cardíacos.
  4. Glicemia de jejum e hemoglobina glicada: identificam alterações no metabolismo da glicose, importantes para diagnosticar e controlar o diabetes.
  5. Proteína C-reativa ultrassensível (PCR-us): marcador inflamatório que auxilia na avaliação de risco de eventos cardiovasculares.
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