Essa segunda-feira (29/9), marca o Dia Mundial do Coração, data criada pela Federação Mundial do Coração, com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), para reforçar a conscientização sobre a principal causa de morte no mundo: as doenças cardiovasculares. Só em 2022, elas foram responsáveis por quase 20 milhões de óbitos, o que corresponde a 32% de todas as mortes globais. No Brasil, as doenças cardiovasculares representam cerca de 400 mil óbitos anuais. Entre as condições cardíacas de maior incidência estão doenças como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.
No país, a campanha Setembro Vermelho amplia a importância do mês como um período de conscientização sobre a saúde cardiovascular, porém, mais do que falar sobre o coração isoladamente, é necessário olhar para o corpo todo com atenção. Isso porque as doenças cardiovasculares estão profundamente conectadas a problemas crônicos como diabetes, hipertensão e doença renal crônica - ligações que desafiam a saúde e prejudicam o bem-estar geral.
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Estudos mostram que duas a cada três pessoas que morrem de doenças do coração têm diabetes1 e 80% das mortes por diabetes estão relacionadas a problemas cardíacos e renais. Além disso, 36% das pessoas com diabetes também convivem com doença renal crônica, e cerca de 70% sofrem com sofrem com hipertensão.
Os dados revelam a urgência da conscientização sobre as doenças crônicas e os hábitos rotineiros que aumentam significativamente os riscos de desenvolvimento de um quadro semelhante, como o sedentarismo, consumo desmedido de alimentos ultraprocessados e tabagismo.
“Para prevenir doenças cardiovasculares e melhorar a saúde do coração é essencial adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, e evitar o uso de tabaco e o consumo excessivo de álcool. Além disso, é importante atentar-se às doenças correlacionadas e realizar exames periódicos para monitorar pressão arterial, colesterol e glicemia, que também são essenciais para proteger não apenas o coração, mas também os rins. A hipertensão e o diabetes, por exemplo, podem agravar problemas renais, e um acompanhamento regular pode ajudar a evitar que essas condições evoluam para um quadro de complicações”, afirma a médica cardiologista e presidente do departamento de insuficiência cardíaca (DEIC) da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Lídia Moura.
Cuidar do coração também é prevenir comorbidades associadas, e o passo mais importante dessa caminhada de autocuidado e busca por qualidade de vida, é o primeiro. “Para aqueles que já enfrentam esse tipo de condição, um tratamento eficaz, aliado a mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico contínuo é essencial para viver com saúde e disposição, além de prevenir complicações graves”, completa a médica.
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