SAÚDE À MESA

Carne vermelha deve ser apenas uma parte mínima de uma dieta saudável, reafirmam especialistas

Melhor dieta se baseia em fontes vegetais, com alimentos de origem animal em moderação e a menor quantidade de açúcares adicionados, gorduras saturadas e sal

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A carne, especialmente a vermelha, não deve representar mais que uma pequena parte de uma dieta saudável, estimou, nesta sexta-feira (3/10), uma comissão internacional de especialistas, que mantém as conclusões anteriores que já haviam sido fortemente rechaçadas pela indústria agroalimentar.

A melhor dieta para a saúde "se baseia principalmente em fontes vegetais, com uma parte moderada de alimentos de origem animal e a menor quantidade possível de açúcares adicionados, gorduras saturadas e sal", concluem os autores deste relatório publicado na revista The Lancet.

Trata-se de uma nova versão de um trabalho anterior, publicado em 2019, que havia gerado reações divididas ao sugerir reduzir significativamente o consumo de carne.

Em todo o mundo, numerosas federações do setor agroalimentar rechaçaram aquelas recomendações, classificando-as de caricaturescas, perigosas ou inadequadas para os hábitos locais de alimentação.

A comunidade científica, no entanto, recebeu de maneira favorável essas sugestões do ponto de vista sanitário, apesar de a algumas críticas por não levar suficientemente em conta certas realidades, como as desigualdades sociais no acesso a uma alimentação equilibrada.

A ambição desta comissão vai além da saúde humana, pois também busca encontrar formas de produção alimentar sustentáveis para o meio ambiente. Mas, sem sombra de dúvida, o mais esperado dela era a atualização desta "dieta de saúde planetária".

Nesta revisão, os especialistas, que afirmam ter considerado os estudos mais recentes para adaptar suas recomendações, apresentaram ordens de magnitude muito similares às de 2019.

O consumo de carne bovina, suína ou cordeiro deveria se limitar a uma média de 15 gramas por dia, contra as 14 recomendadas na versão anterior.

A modo de comparação, deveria-se consumir 200 gramas de verduras, 300 de frutas e 210 de cereais integrais por dia.

Os lácteos deveriam representar 250 gramas diárias, enquanto peixes e mariscos, e carnes brancas como as de aves, 30 gramas cada. Mais uma vez, cifras muito próximas às de 2019.

"Provas sólidas e atualizadas reforçam a ideia de que [esta dieta] está claramente associada a uma saúde melhor, uma forte diminuição da mortalidade e uma redução significativa das principais doenças crônicas relacionadas com a alimentação", como a diabetes, insistem os pesquisadores no relatório.

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