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Aumento de casos de meningite no país reforça importância da vacinação

Imunização é a principal forma de prevenção contra a meningite meningocócica, com diferentes vacinas disponíveis tanto no SUS quanto na rede privada

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De acordo com o painel epidemiológico do Ministério da Saúde, nos últimos dois anos (2023 e 2024) foram registrados 1.551 casos de doença meningocócica no Brasil, que resultaram em 333 óbitos. Em média, foram 60 casos por mês em 2023 e 68 casos por mês em 2024. Somente em 2025, até setembro, já são 696 casos e 131 mortes, com uma média de 79 casos mensais, o que indica aceleração no ritmo de notificações da doença com relação ao último ano 1,2.

Com a chegada do Dia Mundial de Combate à Meningite, neste domingo (5/10), cresce a urgência de reforçar a conscientização sobre a gravidade e a alta letalidade da doença, que é prevenível por vacinação.


 
A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo ser causada por vírus, fungos ou bactérias. As formas bacterianas em geral são as mais graves e exigem atendimento imediato. Entre elas, a meningite meningocócica, provocada pela bactéria Neisseria meningitidis, também chamada de meningococo, é uma das mais preocupantes por sua rápida evolução e alta letalidade.
 
“Um dos grandes desafios da meningite meningocócica é o diagnóstico precoce. Os primeiros sintomas, como febre, irritabilidade, dor de cabeça e náusea, são facilmente confundidos com outras infecções comuns, como a gripe. Mas a evolão é rápida, e quando surgem manchas roxas na pele, rigidez na nuca ou sensibilidade à luz, o quadro já pode estar avançado", explica a farmacêutica, imunologista e gerente médica de vacinas da GSK, Ana Medina (CRF-RJ 24671).

Os dados reforçam a gravidade da infecção. A taxa de letalidade da DMI no mundo é de 10%. No Brasil, chegou a 22% em 2024. Entre os sobreviventes, de 10% a 20% enfrentam sequelas graves, como amputações, perda auditiva ou comprometimento neurológico.
 
A transmissão também é um desafio. Assim como acontece com outras doenças respiratórias, o meningococo se espalha facilmente de pessoa para pessoa por gotículas e secreções respiratórias, em situações comuns como tosses, espirros, beijos ou compartilhamento de objetos como copos.
 

Quem está em risco?

Todos podem contrair a doença. O principal fator de risco é a idade. Os menores de um ano de vida são os mais acometidos pela doença, com as maiores incidências. Além disso, adolescentes e jovens adultos também estão expostos. Até 23% deste grupo pode carregar a bactéria sem apresentar sintomas, sendo chamados de portadores assintomáticos. Esse grupo, além de poder ser acometido pela doença, é o principal transmissor da bactéria.


Prevenção

A vacinação é a forma mais efetiva de prevenção contra a meningite meningocócica.Há 13 sorogrupos identificados da meningite meningocócica, sendo os mais comuns os sorogrupos A, B, C, W, X e Y10. Atualmente, existem vacinas diferentes para a prevenção de cinco sorogrupos: A, B, C, W e Y.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece gratuitamente vacinas contra quatro dos sorogrupos preveníveis por vacinação (A, C, W e Y). A vacina meningocócica C para crianças de três e cinco meses de idade, e a vacina meningocócica ACWY em dose de reforço aos 12 meses e para adolescentes de 11 a 14 anos como dose única ou reforço conforme situação vacinal.
 
Já no setor privado, existem vacinas contra cinco dos sorogrupos: os quatro disponíveis para prevenção no PNI + o sorogrupo B, que atualmente é o principal causador da doença meningocócica no Brasil. As sociedades médicas recomendam a vacina meningocócica B e a meningocócica ACWY aos três, cinco e 12 meses de vida. Já para adolescentes são duas doses das vacinas ACWY e B para não vacinados.

Além da meningite meningocócica, há vacinas contra outras formas de meningites bacterianas, como a pneumocócica, a causada pelo Haemophilus influenzae tipo b e a tuberculosa, disponíveis nas redes pública e privada.
 
Somado à vacinação, hábitos simples também ajudam a reduzir o risco de transmissão de várias doenças, incluindo a meningite meningocócica: lavar as mãos com frequência, cobrir a boca ao tossir ou espirrar, não compartilhar objetos de uso pessoal, manter ambientes ventilados e evitar aglomerações sempre que possível.

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