A queda dos níveis de testosterona em homens costuma começar por volta dos 35 anos, mas isso não significa que todos precisarão de reposição hormonal. O tratamento é indicado apenas quando o organismo deixa de produzir o hormônio em quantidades suficientes para manter o equilíbrio e a saúde.
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“Essa reposição passa a ser necessária quando o corpo não consegue sustentar níveis adequados de testosterona, seja por alguma doença ou deficiência. A idade é apenas um dos fatores; o estilo de vida e a genética também influenciam bastante”, explica o nutrólogo Renato Lobo, formado pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
Os sintomas mais comuns da baixa hormonal incluem queda da libido, dificuldade de ereção, diminuição das ereções matinais, falta de disposição, perda de energia, alterações de memória e concentração, além do acúmulo de gordura corporal.
De acordo com o especialista, o estilo de vida moderno tem contribuído para que a testosterona tenha uma queda cada vez mais cedo. “Sedentarismo, estresse, sono ruim, alimentação rica em ultraprocessados e o excesso de gordura corporal, especialmente acima de 20%, são os principais fatores que aceleram esse processo”, afirma Renato.
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Existem ainda condições clínicas que podem levar ao declínio hormonal, como doenças genéticas, traumas e até o câncer de testículo. Nessas situações, a reposição pode ser indicada antes dos 35 anos.
Como é feita a reposição hormonal?
A terapia pode ser feita de três maneiras:
- Gel transdérmico
- Aplicações injetáveis
- Implantes hormonais, conhecidos como pellets, que liberam o hormônio gradualmente por até seis meses
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“Em grande parte dos casos, a reposição é contínua, já que o corpo não volta a produzir testosterona naturalmente quando há falha na função testicular. Mas, em casos pontuais, ela pode ser temporária”, esclarece o médico, que também é pós-graduado em medicina esportiva.
Além da reposição, algumas estratégias podem ajudar a estimular a produção natural do hormônio. “Mudanças no estilo de vida e, em casos selecionados, o uso de medicações que estimulam o comando hormonal podem funcionar, mas apenas se a função dos testículos estiver preservada”, ressalta Renato.
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