O recente relato de Xuxa sobre o desconforto de Roberto Carlos com sua roupa preta trouxe à tona uma dúvida comum: qual o limite entre uma simples superstição e um problema mais sério, como o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)? Embora ambos envolvam rituais e manias, a diferença fundamental está nos impactos que causam na vida de uma pessoa.

Superstições, como evitar passar debaixo de escadas ou não gostar de uma cor específica, são crenças culturais ou pessoais. Geralmente, não geram sofrimento e podem ser facilmente ignoradas. Se a pessoa não cumpre o ritual, no máximo sente um leve incômodo, mas sua rotina não é afetada de forma significativa.

Já o TOC é uma condição de saúde mental que vai muito além de uma mania. Ele é caracterizado por obsessões, que são pensamentos, imagens ou impulsos intrusivos e indesejados que causam grande ansiedade. Para aliviar essa angústia, a pessoa realiza compulsões - comportamentos ou atos mentais repetitivos.

Esse ciclo de obsessão e compulsão se torna uma prisão. A pessoa não realiza o ritual porque quer, mas porque sente que precisa para evitar que algo ruim aconteça ou para aplacar a ansiedade. Isso consome tempo, gera sofrimento e interfere diretamente no trabalho, nos estudos e nas relações sociais.

Quando a mania vira um sinal de alerta?

Identificar a transição de um hábito para um possível transtorno é o primeiro passo para buscar ajuda. Fique atento aos sinais abaixo que indicam que uma mania pode ser, na verdade, um sintoma de TOC:

  • Sofrimento intenso: a pessoa fica extremamente ansiosa ou angustiada se não consegue realizar o ritual;

  • Perda de tempo: os rituais consomem mais de uma hora por dia e atrapalham outras atividades;

  • Prejuízo funcional: a rotina de trabalho, os estudos e a convivência com amigos e familiares são prejudicados pelas manias;

  • Falta de controle: a pessoa reconhece que os pensamentos e comportamentos são excessivos, mas não consegue controlá-los sozinha.

Como procurar ajuda?

Se você se identificar com os sinais acima ou conhecer alguém que esteja passando por isso, o caminho é buscar apoio profissional. Um diagnóstico correto é fundamental para o tratamento adequado. Veja um passo a passo simples:

  1. Reconheça o problema: entender que as manias estão causando sofrimento e prejuízos é o ponto de partida;

  2. Converse com alguém: compartilhar a situação com uma pessoa de confiança pode aliviar o peso e o sentimento de isolamento;

  3. Busque um profissional: psicólogos e psiquiatras são os especialistas indicados para avaliar o quadro e indicar o melhor tratamento;

  4. Seja honesto na consulta: descreva os pensamentos e comportamentos em detalhes, sem medo ou vergonha. Isso ajuda o profissional a fazer um diagnóstico preciso.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

compartilhe