Período chuvoso e doenças: como se proteger de dengue, leptospirose e mais
Água parada e calor aumentam proliferação de doenças; infectologista explica riscos e prevenção para a família
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A chegada do período chuvoso nos próximos meses acende um alerta que vai além dos alagamentos e deslizamentos: o aumento de doenças transmitidas pela água ou por vetores que se proliferam nesse ambiente. A combinação de calor e umidade cria o cenário ideal para a disseminação de problemas como dengue, zika, chikungunya e leptospirose.
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O acúmulo de água limpa e parada, mesmo em pequenos recipientes, é o principal fator para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e de outras arboviroses. Por isso, a prevenção dentro de casa e no quintal é a medida mais eficaz para proteger a família durante toda a temporada de chuvas.
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Como evitar o mosquito da dengue
Ações simples e rotineiras são capazes de interromper o ciclo de vida do mosquito. A recomendação é fazer uma vistoria semanal em todos os espaços da residência, adotando os seguintes cuidados:
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mantenha caixas d’água, tonéis e outros reservatórios bem tampados;
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coloque areia nos pratos de vasos de plantas ou elimine-os;
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guarde garrafas, pneus e outros objetos que possam acumular água em locais cobertos;
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limpe as calhas para garantir o escoamento da água;
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trate a água da piscina com cloro e mantenha-a coberta quando não estiver em uso.
O risco da leptospirose em áreas alagadas
Outra doença que ganha força com as chuvas é a leptospirose. Ela é causada por uma bactéria presente na urina de ratos e outros animais, que contamina a água de enchentes e a lama. O contágio acontece quando a pele entra em contato com essa água, principalmente se houver algum ferimento.
A prevenção exige atenção redobrada durante e após as inundações. Evitar o contato direto com a água de enchentes é fundamental. Caso seja inevitável, o uso de botas e luvas de borracha ajuda a reduzir o risco de exposição. Após a água baixar, é preciso higienizar os imóveis e objetos atingidos com uma solução de água sanitária.
Atenção aos principais sintomas
Saber identificar os primeiros sinais das doenças é essencial para buscar ajuda médica rapidamente. Embora os sintomas sejam parecidos, existem diferenças importantes:
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Dengue: Caracteriza-se por febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares e nas articulações, além de manchas vermelhas na pele. É a que apresenta maior risco de agravamento.
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Zika: Geralmente causa febre mais baixa, manchas na pele, coceira e conjuntivite (olhos vermelhos).
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Chikungunya: O sintoma mais marcante são as dores intensas e incapacitantes nas articulações, que podem durar meses.
Leptospirose: Os sinais incluem febre, dor de cabeça e dores musculares fortes, principalmente nas panturrilhas. Em casos mais graves, a pele e os olhos podem ficar amarelados (icterícia).
Quando procurar um médico e o que evitar
Ao apresentar qualquer um desses sintomas, procure atendimento médico imediatamente. A automedicação é perigosa, especialmente com medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (AAS), como aspirina, e anti-inflamatórios como ibuprofeno e nimesulida, que podem aumentar o risco de hemorragias em casos de dengue.
Fique atento a sinais de alerta de gravidade, como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas (nariz, gengiva). Gestantes, crianças com menos de 2 anos e idosos acima de 65 anos têm maior risco de desenvolver complicações e precisam de atenção redobrada.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.