É seguro enviar sua receita médica pelo WhatsApp? Saiba como se proteger
A conveniência de comprar medicamentos pelo WhatsApp traz dúvidas sobre a privacidade dos dados de saúde; saiba os riscos
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A praticidade de enviar uma receita médica pelo WhatsApp para comprar medicamentos já é uma realidade em diversas farmácias. A conveniência de resolver tudo pelo celular, no entanto, levanta uma questão importante sobre a segurança dos dados de saúde, que são extremamente sensíveis e pessoais.
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Embora o WhatsApp utilize criptografia de ponta a ponta, que protege a mensagem durante o envio, os riscos não desaparecem por completo. O principal ponto de vulnerabilidade não está no aplicativo em si, mas nos aparelhos onde a conversa fica armazenada: tanto o seu celular quanto o dispositivo que recebe a informação na farmácia.
É importante lembrar que, embora as mensagens sejam seguras em trânsito, o ecossistema do aplicativo não é infalível. Em 2025, por exemplo, uma vulnerabilidade expôs metadados de 3,5 bilhões de usuários, reforçando a necessidade de cautela ao compartilhar informações sensíveis, mesmo em plataformas criptografadas.
Caso um desses aparelhos seja invadido ou acessado por pessoas não autorizadas, as informações da receita ficam expostas. Uma receita médica contém nome completo, medicamentos utilizados e, às vezes, o CPF, dados valiosos para golpistas que podem usá-los em fraudes ou para criar perfis falsos.
Outro perigo é o de golpes de engenharia social. Criminosos podem criar perfis falsos, se passando por farmácias conhecidas, para obter suas receitas e dados pessoais. Com essas informações em mãos, eles podem tentar aplicar outros golpes, como solicitar pagamentos antecipados por medicamentos que nunca serão entregues.
No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) classifica dados de saúde como 'sensíveis', exigindo um nível de proteção ainda maior. Isso significa que tanto o consumidor quanto a farmácia têm responsabilidades legais sobre o manuseio dessas informações.
Quais cuidados tomar ao enviar a receita?
Apesar dos riscos, é possível usar o serviço com mais segurança adotando algumas precauções simples. A principal delas é garantir que você está falando com o canal oficial da farmácia.
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Verifique o contato oficial: antes de enviar qualquer coisa, confirme se o número de WhatsApp é o mesmo divulgado no site oficial ou nas lojas físicas da rede. Dê preferência a contas comerciais verificadas, que possuem um selo verde ao lado do nome, garantindo sua autenticidade.
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Confirme a criptografia: ao iniciar uma nova conversa, o WhatsApp exibe um aviso informando que as mensagens são protegidas com criptografia de ponta a ponta. Verifique se essa mensagem aparece no chat.
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Não compartilhe dados em excesso: envie apenas a foto da receita, conforme solicitado. Evite mandar números de cartão de crédito, senhas ou outros documentos pessoais na mesma conversa. Realize o pagamento por links seguros gerados pela própria empresa.
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Desconfie de contatos não solicitados: farmácias não entram em contato para pedir sua receita médica sem que você tenha iniciado a conversa. Se receber uma mensagem do tipo, bloqueie e denuncie o contato.
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Proteja seus backups: Ative a opção de backup criptografado com senha ou chave de acesso (passkey) nas configurações do WhatsApp. Isso impede que suas conversas, incluindo as receitas, sejam acessadas por terceiros caso sua conta na nuvem seja comprometida.
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Apague a imagem após a compra: depois de finalizar o pedido e receber o medicamento, uma boa prática é apagar a foto da receita tanto da conversa quanto da galeria de imagens do seu celular.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.