Muitas pessoas conhecem alguém que continuamente busca conselhos, mas raramente implementa mudanças em suas vidas. Embora esse comportamento seja frequentemente visto como preguiça, a psicologia revela que fatores como regulação emocional, medo da responsabilidade e necessidade de validação externa desempenham papéis importantes nessa dinâmica.
O que leva à busca por conselhos como forma de alívio emocional?
Um dos principais motivos para a busca constante de conselhos é o desejo de aliviar tensões emocionais. Falar sobre problemas proporciona conforto temporário, ajudando a pessoa a enfrentar inseguranças sem, necessariamente, agir para mudar.
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Por que o medo da responsabilidade pessoal impede mudanças?
Mudar exige coragem para lidar com arrependimentos, erros e julgamentos externos. Para pessoas inseguras, assumir responsabilidade é um peso significativo, dificultando qualquer movimento em direção ao novo.
Esse comportamento se agrava com a tendência humana de preferir o familiar ao incerto. Mesmo em situações insatisfatórias, a sensação de controle faz com que permanecer em padrões negativos pareça menos ameaçador do que arriscar mudanças.
Como a validação externa influencia o hábito de pedir conselhos?
Pedir conselhos repetidamente muitas vezes se relaciona ao desejo de validação e aprovação de outros. Indivíduos inseguros podem não estar em busca de soluções, mas sim de reconhecimento e apoio emocional.
Esse comportamento é especialmente comum em ambientes de ansiedade ou incerteza, onde a sobrecarga de opções pode paralisar a capacidade de escolha. Diante disso, é importante perceber alguns sinais típicos desse padrão, como:
- Perguntar a opinião de várias pessoas sobre o mesmo assunto
- Sentir-se incapaz de decidir sem aprovação externa
- Buscar constantemente "certezas" antes de agir
O Dr. Rafael Gratta falou um pouco disso no seu Tiktok, dá só uma olhada:
@rafaelgrattap Nada que você fale vai mudar alguém. O exemplo arrasta. MFMA ???????? #saúdemental #neurociência #ansiedade ? som original – Rafael Gratta
De que forma a baixa autoestima dificulta a tomada de decisões?
Pessoas com baixa autoestima têm dificuldade para confiar em seus próprios julgamentos. Ambientes críticos ou pouco acolhedores contribuem para a insegurança e a dependência da validação alheia.
Pedir conselhos pode ainda ser uma forma de buscar acolhimento e criar vínculo afetivo, especialmente em momentos de dúvida e fragilidade emocional.
Como incentivar a autonomia ao oferecer conselhos?
Lidar com quem pede conselhos sem intenção real de mudança exige limites claros. Ao oferecer opiniões, é fundamental evitar um ciclo repetitivo e incentivar ações práticas de forma empática.
Uma estratégia útil é estimular a pessoa a pensar em passos concretos. Perguntas como "Qual seria seu primeiro passo?" ou "O que você gostaria de fazer a seguir?" contribuem para romper padrões de estagnação.
