A Câmara Municipal de Belo Horizonte protocolou um projeto de lei que pode transformar a cidade em um polo do setor de games e e-sports. A iniciativa propõe a criação de uma política pública focada no fortalecimento econômico, social e educacional dessa indústria crescente.
A proposta estabelece uma série de ações para incentivar desenvolvedores, promover eventos e competições, além de estimular parcerias com escolas e outras instituições. O objetivo é ampliar a inclusão digital, especialmente em regiões com menor acesso à tecnologia, e reconhecer os games como parte da economia criativa local.
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A vereadora Marcela Trópia (NOVO), uma das articuladoras da proposta, destaca que os jogos eletrônicos estão entre os setores que mais crescem globalmente e que Belo Horizonte precisa acompanhar essa tendência. “A indústria de jogos eletrônicos é uma das que mais crescem no mundo e Belo Horizonte não pode ficar para trás. Queremos construir um ambiente inovador, com oportunidades para jovens talentos, inclusão digital em territórios vulneráveis e valorização dos games como ferramenta de aprendizagem e expressão cultural”, afirmou a vereadora.
O projeto também contempla medidas que garantam o uso saudável da tecnologia, incluindo campanhas educativas, suporte à saúde mental dos jogadores, combate ao cyberbullying e acessibilidade para pessoas com deficiência.
No cenário nacional, o projeto de Belo Horizonte está alinhado com a Lei Federal 14.852/2024, que criou o marco legal para a indústria dos jogos eletrônicos no Brasil. A legislação facilita o acesso a incentivos fiscais e fomenta a profissionalização do setor, que hoje é um dos maiores mercados de entretenimento da América Latina.
Em Minas Gerais, o governo lançou, na última sexta (27), o programa 'PlayMinas', que conecta jogos digitais, educação e cultura digital por meio de uma série de eventos pelo interior do estado. O ponto alto será a 'Game Fest Minas', uma feira gamer em Belo Horizonte que deve reunir dezenas de milhares de visitantes, incluindo muitos estudantes da rede pública.
O subsecretário de Esportes do estado, Tomás Mendes, ressalta que os games ultrapassam o entretenimento e são ferramentas poderosas para aprendizado, inclusão social e geração de oportunidades econômicas. “Queremos que Minas Gerais se veja como parte ativa dessa revolução tecnológica e cultural. Os games são muito mais que entretenimento, são ferramentas de aprendizagem, inclusão e geração de renda”, explica Mendes.
O projeto de lei em Belo Horizonte tem o apoio de diversos vereadores, entre eles Iza Lourença (PSOL), Cleiton Xavier (MDB), Edmar Branco (PCdoB), Helton Junior (PSD) e Vile (PL), e aguarda a análise das comissões para seguir para votação.
Com essa política, Belo Horizonte se posiciona como ponto estratégico para inovação, cultura e desenvolvimento econômico no mercado de games e e-sports no Brasil.
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