Veloso usa as redes sociais para documentar seu tratamento contra um linfoma de Hodgkin - (crédito: Reprodução / Instagram)
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A influenciadora Isabel Veloso, conhecida por compartilhar sua jornada detratamento contra o câncer nas redes sociais, teve sua conta no Instagramdesabilitada, gerando indignação entre seus seguidores.
"Eu não sei o porquê disso, ou o que de fato aconteceu", escreveu Veloso em sua conta reserva. Segundo a influenciadora, o Instagram identificou um "login estranho" em seu perfil, mas que havia sido feito por uma pessoa que ela conhece.
"Independente do que aconteceu, a justiça será feita", disse ela, afirmando que pretende acionar a Justiça para recuperar a conta, na qual acumulava 3,3 milhões de seguidores.
A BBC News Brasil procurou o Instagram para prestar esclarecimentos sobre o caso, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.
Veloso usa as redes sociais para documentar seu tratamento contra um linfoma de Hodgkin. Em dezembro, deu à luz seu primeiro filho e passou a compartilhar também os desafios da maternidade.
Veloso usa as redes sociais para documentar seu tratamento contra um linfoma de Hodgkin
Postar conteúdos que contenham nudez, discurso de ódio, violência, assédio, bullying, spam, conteúdo enganoso ou informações falsas, pode levar à desativação. O uso não autorizado de imagens, vídeos ou músicas protegidas por direitos autorais também é considerado uma infração.
Veloso usa as redes sociais para documentar seu tratamento contra um linfoma de Hodgkin
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Outras violações incluem o uso de robôs ou ferramentas de automação, tentativas de se passar por outra pessoa ou organização e uso de conta por crianças.
Segundo a Meta, empresa responsável pela rede social, seus padrões se aplicam a todos os usuários, em todo o mundo, e a todos os tipos de conteúdo, incluindo os gerados por IA.
Em alguns casos, o Instagram pode iniciar uma investigação sobre possíveis violações a partir de denúncias de outros usuários.
No entanto, o sistema enfrenta críticas, como o risco de manipulação por grupos organizados e a insuficiência da moderação comunitária para combater desinformação em grande escala.
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No X, colaboradores escrevem notas explicativas, que só se tornam públicas se forem avaliadas como úteis por pessoas com diferentes perspectivas. O intuito, em tese, é reduzir o viés ideológico promover imparcialidade.
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As "notas da comunidade", recurso que agora será implementado no Facebook e Instagram, permitem aos usuários adicionar informações contextuais a postagens potencialmente enganosas.
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Segundo o ministro, as novas diretrizes "retiram dos seus controles os filtros de fake news, aderindo um pouco a mentalidade de que liberdade de expressão inclui calúnia, mentira, difamação e tudo mais".
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Em entrevista dada à GloboNews após o anúncio da Meta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a nova decisão da empresa é preocupante.
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O bilionário Elon Musk, por sua vez, chegou a doar cerca de US$ 75 milhões para um grupo de apoiadores de Donald Trump, segundo uma reportagem da agência de notícias Reuters.
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Além da Meta, a Amazon e a Apple são outras gigantes da tecnologia que têm estreitado laços com Trump. As duas empresas também doaram US$ 1 milhão para o republicano, de acordo com o portal Axios.
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A Meta tem se aproximado cada vez mais de Donald Trump. Em dezembro/24, a empresa anunciou a doação de 1 milhão de dólares para a cerimônia de posse do presidente eleito dos EUA.
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"A única maneira de combater essa tendência global é com o apoio do governo dos EUA. E é por isso que tem sido tão difícil nos últimos quatro anos, quando até mesmo o governo dos EUA pressionou pela censura", afirmou Zuckerberg.
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Em seu discurso, o bilionário dono da Meta afirmou que irá trabalhar ao lado de Trump "para pressionar os governos de todo o mundo que visam perseguir empresas americanas e pressionando para implementar mais censura".
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A decisão surpreendeu parceiros de verificação de fatos, como o editor-chefe da "Check Your Fact", Jesse Stiller. "Não sabíamos que essa mudança estava acontecendo e isso é um choque para nós", disse.
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Donald Trump, Elon Musk e Linda Yaccarino, presidente-executiva do X, elogiaram as mudanças nas plataformas rivais.
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Também nesta terça (7/1), A Meta mudou sua política contra discurso de ódio, e passou a permitir que orientação sexual e gênero sejam associados a doenças mentais nas plataformas Instagram, Facebook e Threads.
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Os filtros de verificação focarão em violações legais e de alta gravidade, enquanto casos de menor gravidade dependerão de denúncias de usuários antes que qualquer ação possa ser tomada pela plataforma.
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Agora, a Meta não contará mais com parceiros de verificação de fatos (chamados de "fact checking") e uma equipe interna dedicada a essa função.
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A decisão foi anunciada um dia após Dana White, presidente do Ultimate Fighting Championship (UFC) e apoiador de Trump, ser nomeado para o conselho administrativo da Meta.
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Zuckerberg também criticou leis europeias que, segundo ele, "institucionalizam a censura", e mencionou "tribunais secretos" na América Latina que ordenam remoções de conteúdos de forma "silenciosa".
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No comunicado publicado no Instagram, o bilionário confirmou que a Meta colaborará com Donald Trump, que assumirá a presidência dos EUA no dia 20/01.
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Segundo Zuckerberg, com o novo sistema, a ausência de verificações por terceiros pode resultar em menos identificação de conteúdos problemáticos, mas também evitará a remoção indevida de posts e contas de usuários inocentes.
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Mark Zuckerberg, CEO da Meta, justificou a mudança afirmando que os verificadores eram "politicamente tendenciosos" e "destruíram mais confiança do que criaram".
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Com isso, o sistema a ser adotado será o "notas da comunidade", no qual os próprios usuários sugerem as correções, como é feito atualmente no X.
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A empresa Meta, proprietária das redes Instagram, Threads, Facebook e WhatsApp, anunciou nesta terça-feira (07/01) que irá encerrar seu programa de checagem de fatos, começando pelos EUA.
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Quando uma conta é desabilitada, o usuário recebe uma mensagem indicando o status de desativação ao tentar logar no perfil.
De acordo com a Meta, se o usuário não receber uma mensagem sobre a desativação, o problema provavelmente está no login da conta.
No caso de Isabel Veloso, o motivo para a desabilitação não ficou claro. Uma captura de tela da mensagem recebida pela influenciadora afirma apenas que "a conta (ou a atividade nela) não segue os Padrões da Comunidade" do Instagram.
O que fazer?
Segundo a Meta, se um usuário acredita que sua conta foi desativada por engano, ele pode pedir uma revisão da decisão.