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Anel de BH é a via mais mortal da capital; conheça outras estradas letais

O problema da segurança viária vai além de Minas Gerais; descubra quais são as outras rodovias e avenidas com os maiores índices de acidentes no país

Anel Rodoviário de BH é uma das vias mais perigosas do país
Anel Rodoviário de BH é uma das vias mais perigosas do país
Crédito: Divino Advincula/PBH

O Anel Rodoviário de Belo Horizonte carrega uma reputação que nenhum motorista gostaria de conhecer de perto. A via não é apenas um ponto de trânsito intenso, mas também o trecho mais letal da capital mineira. Acidentes graves, que resultam em mortes e interdições constantes, são parte da rotina de quem precisa cruzar seus 27 quilômetros diariamente.

Essa realidade alarmante, no entanto, não é um problema exclusivo de Minas Gerais. O mapa rodoviário brasileiro está repleto de estradas que desafiam a segurança e colocam a vida dos motoristas em risco. De norte a sul, trechos específicos se destacam pelos altos índices de colisões, refletindo desafios de infraestrutura, fiscalização e comportamento humano.

O principal fator que torna o Anel Rodoviário tão perigoso é a mistura de tráfego. Milhares de veículos de carga pesada, que apenas atravessam a região metropolitana, dividem o asfalto com o trânsito urbano de carros, motos e ônibus. Essa combinação cria um cenário de estresse constante, onde a diferença de velocidade e tamanho dos veículos potencializa o risco.

Leia: Prefeitura de BH assume a gestão do Anel Rodoviário

Além disso, o traçado da via, com curvas sinuosas, trechos de baixa visibilidade e asfalto que nem sempre está em condições ideais, contribui para a estatística trágica. A falta de passarelas e a travessia arriscada de pedestres em alguns pontos completam o quadro de uma das vias mais complexas do país.

BR-116: a líder nacional em acidentes

Quando o assunto se expande para todo o Brasil, a BR-116 assume um protagonismo indesejado. Conhecida em alguns trechos como Rodovia Régis Bittencourt, entre São Paulo e Curitiba, e Via Dutra, entre São Paulo e Rio de Janeiro, ela frequentemente lidera os rankings de acidentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

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O volume de tráfego é o principal vilão. A BR-116 é a espinha dorsal do transporte de cargas no país, conectando o Nordeste ao Sul. O fluxo incessante de caminhões, somado a trechos de serra com neblina densa e pistas simples em certas áreas, a transforma em um desafio diário para os motoristas.

O trecho que corta a região metropolitana de Curitiba, no Paraná, é um dos mais críticos. A combinação de tráfego pesado de longa distância com o deslocamento diário de moradores cria um ambiente de alto risco, com colisões traseiras e atropelamentos sendo ocorrências comuns.

BR-381: a Rodovia da Morte em Minas Gerais

Minas Gerais abriga outra estrada com um apelido que fala por si: a BR-381, conhecida como “Rodovia da Morte”. O trecho que liga Belo Horizonte a Governador Valadares é marcado por uma geografia acidentada, com pistas simples, curvas perigosas e poucas áreas de ultrapassagem segura.

Leia: BR-381: por que o risco na estrada vai muito além da Rodovia da Morte

As colisões frontais são a principal causa de mortes na BR-381. A impaciência e a imprudência de motoristas que tentam ultrapassagens em locais proibidos frequentemente resultam em tragédias envolvendo múltiplos veículos. O tráfego intenso de caminhões que escoam a produção industrial e agrícola da região agrava a situação.

Embora um projeto de duplicação esteja em andamento há anos, o avanço lento das obras mantém a rodovia como um dos pontos mais perigosos do sistema viário brasileiro. A cada feriado prolongado, a estrada volta ao noticiário com registros de acidentes graves.

BR-101: desafios do litoral ao sertão

A BR-101, que percorre quase todo o litoral brasileiro, também possui seus pontos críticos. Um dos mais conhecidos fica em Santa Catarina, entre as cidades de Itajaí e Palhoça. A região concentra um tráfego intenso de turistas e caminhões que se dirigem aos portos locais, gerando congestionamentos e um alto número de acidentes.

Leia: Minas tem três trechos de rodovias entre os mais mortais do Brasil

No Nordeste, especialmente no Espírito Santo e no sul da Bahia, a BR-101 apresenta outros desafios. Trechos com pista simples, asfalto de má qualidade e sinalização deficiente são comuns. A presença de animais na pista e a travessia de pedestres em áreas urbanas sem a devida estrutura também contribuem para as estatísticas negativas.

O cenário de risco se repete em outras vias importantes, como a BR-040, entre Rio de Janeiro e Juiz de Fora, e a BR-316, no Pará. Em todos os casos, a combinação de falhas de infraestrutura, volume de tráfego e imprudência humana cria uma fórmula perigosa que desafia a segurança viária no Brasil.

O que torna o Anel Rodoviário de Belo Horizonte tão perigoso?

A principal causa é a mistura de tráfego local intenso com um grande volume de veículos de carga pesada que apenas cruzam a cidade.

Seu traçado antigo, com curvas fechadas e trechos de baixa visibilidade, não foi projetado para o fluxo atual de veículos.

Qual é a rodovia mais perigosa do Brasil?

A BR-116 é consistentemente apontada em relatórios da Polícia Rodoviária Federal como a rodovia com o maior número de acidentes e mortes.

Seus trechos mais críticos estão nas regiões metropolitanas de Curitiba e São Paulo, devido ao volume extremo de veículos.

Por que a BR-381 é chamada de “Rodovia da Morte”?

O apelido surgiu devido ao alto número de acidentes fatais, principalmente colisões frontais em tentativas de ultrapassagem.

A geografia acidentada, com muitas curvas, pista simples e tráfego intenso de caminhões, a torna extremamente perigosa.

Quais são os principais fatores de risco nas estradas brasileiras?

A infraestrutura deficiente é um fator comum, incluindo asfalto de má qualidade, falta de duplicação e sinalização inadequada.

O comportamento dos motoristas, como excesso de velocidade e ultrapassagens proibidas, também é uma das principais causas de acidentes.

Existem projetos para melhorar a segurança nessas vias?

Sim, existem projetos de concessão à iniciativa privada, duplicação e melhorias em andamento em várias dessas rodovias.

No entanto, o ritmo das obras muitas vezes é lento, e a conclusão de melhorias significativas pode levar anos.

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