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Wagner Moura em Hollywood: 5 papéis em que ele brilhou lá fora

Do Capitão Nascimento a Pablo Escobar e papéis mais recentes; relembre a trajetória internacional do ator brasileiro que conquistou o mundo

Wagner Moura em Hollywood: 5 papéis em que ele brilhou lá fora
Wagner Moura em Hollywood: 5 papéis em que ele brilhou lá fora
Crédito: Foto de divulgação da série “Narcos”

Wagner Moura voltou aos holofotes recentemente ao comentar o cenário político, mas sua voz já ecoa globalmente há mais de uma década. O ator baiano, imortalizado no Brasil como o Capitão Nascimento de “Tropa de Elite”, construiu uma das mais sólidas carreiras internacionais para um artista do país, transitando com naturalidade entre blockbusters, séries de sucesso e filmes de autor.

Essa trajetória não foi um acidente. Com escolhas criteriosas e uma entrega visceral a cada personagem, Moura se estabeleceu como um nome respeitado em Hollywood. Ele provou ser mais do que um talento local, transformando-se em um ator versátil, capaz de protagonizar produções em inglês e espanhol com a mesma intensidade que o consagrou em casa. Relembre cinco papéis que definem sua jornada lá fora.

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Elysium (2013)

A porta de entrada de Wagner Moura para o cinema de grande orçamento em Hollywood foi na ficção científica “Elysium”, dirigida por Neill Blomkamp. No filme, ele interpreta Spider, um hacker e coiote que vive na Terra superpovoada e devastada, ajudando pessoas a invadir a estação espacial luxuosa que dá nome ao longa.

Atuando ao lado de estrelas como Matt Damon e Jodie Foster, Moura não se intimidou. Ele entregou um personagem carismático e cheio de energia, falando um portunhol que se tornou uma de suas marcas no início da carreira internacional. O papel exigia uma presença de cena magnética para se destacar em meio a tantos efeitos especiais, e ele conseguiu.

“Elysium” foi fundamental para apresentar o ator brasileiro ao público e aos estúdios americanos. Mostrou que ele tinha o calibre necessário para participar de grandes produções, abrindo caminho para os convites que viriam a seguir e que mudariam para sempre o rumo de sua carreira.

Narcos (2015-2016)

Se “Elysium” abriu a porta, a série “Narcos” a arrombou. Interpretar o narcotraficante colombiano Pablo Escobar foi o papel que transformou Wagner Moura em uma estrela global. Produzida pela Netflix, a série se tornou um fenômeno mundial e sua atuação foi o pilar central desse sucesso avassalador.

Para viver o personagem, Moura viajou para a Colômbia e aprendeu espanhol do zero. A transformação física e linguística foi apenas parte do processo. Ele mergulhou na complexidade de Escobar, construindo um homem que era ao mesmo tempo um pai de família carinhoso e um criminoso brutal, sem cair em caricaturas.

O resultado foi uma performance aclamada pela crítica e pelo público, que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator em Série Dramática. Mais do que um trabalho, Pablo Escobar se tornou a prova definitiva da dedicação e do talento de Wagner Moura, consolidando seu nome entre os grandes atores de sua geração em escala mundial.

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Wasp Network: Rede de Espiões (2019)

Depois do estrondo de “Narcos”, Moura buscou papéis que explorassem outras facetas de sua atuação. Em “Wasp Network”, do diretor francês Olivier Assayas, ele encontrou essa oportunidade. No filme, que narra a história real de espiões cubanos infiltrados em grupos anticastristas nos Estados Unidos, ele interpreta o piloto Juan Pablo Roque.

O personagem é ambíguo e complexo, Moura mais uma vez demonstrou sua capacidade de se integrar a diferentes contextos e dinâmicas de produção.

“Wasp Network” não teve o apelo popular de “Narcos”, mas reforçou o prestígio do ator no circuito de cinema de arte. A escolha de trabalhar com um diretor renomado como Assayas sinalizou ao mercado que Moura não estava interessado apenas em papéis de grande visibilidade, mas também em projetos artisticamente desafiadores.

Sergio (2020)

Neste drama biográfico da Netflix, Wagner Moura não apenas estrelou, mas também atuou como produtor. Ele deu vida a Sérgio Vieira de Mello, o carismático diplomata brasileiro da ONU que morreu em um atentado a bomba em Bagdá, no Iraque, em 2003. O papel foi um desafio e uma homenagem.

Moura capturou a essência de Vieira de Mello: um homem idealista, pragmático e charmoso, que dedicou a vida a negociar a paz em algumas das zonas mais perigosas do mundo. A produção mostra seu trabalho e seu relacionamento com a economista Carolina Larriera, interpretada por Ana de Armas, com quem estava no momento do ataque.

Interpretar uma figura real tão importante e respeitada exigiu uma abordagem cuidadosa e sensível. Ao também produzir o filme, Moura demonstrou um novo nível de envolvimento em sua carreira internacional, mostrando sua capacidade de liderar projetos e contar histórias que considera relevantes para o público global.

Guerra Civil (2024)

O trabalho mais recente de grande impacto de Wagner Moura é “Guerra Civil”, um dos filmes mais comentados do ano. Dirigido por Alex Garland, o longa imagina um futuro próximo em que os Estados Unidos estão mergulhados em um conflito armado interno. Moura interpreta Joel, um jornalista que viaja pelo país para cobrir a guerra ao lado de uma fotógrafa experiente, vivida por Kirsten Dunst.

Sua atuação é contida e potente, transmitindo o peso do vício em adrenalina e o trauma de testemunhar atrocidades diárias. Joel representa o profissional que, apesar do horror, segue em frente para registrar a história. A química com Dunst é um dos pontos altos do filme, que foi um sucesso de crítica e bilheteria.

Com “Guerra Civil”, Moura participa de uma obra urgente e provocadora, que dialoga diretamente com as tensões políticas atuais. O papel solidifica sua posição em Hollywood como um ator de primeira linha, capaz de carregar narrativas complexas e relevantes em produções de alto perfil.

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