OMS em alerta: 3 desafios globais da saúde para ficar de olho
A Organização Mundial da Saúde monitora cenários que vão de novas pandemias a superbactérias; entenda as maiores ameaças à saúde pública mundial
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Em um cenário complexo, com dezenas de emergências de saúde monitoradas simultaneamente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mantém um olhar atento sobre os principais riscos que ameaçam a saúde pública global. O objetivo é antecipar e preparar o mundo para futuras crises sanitárias. Dentre as diversas ameaças, o monitoramento se concentra em três frentes principais: o surgimento de uma nova pandemia, o avanço de superbactérias e os impactos das mudanças climáticas na saúde.
Esses desafios exigem cooperação internacional e ações coordenadas para proteger as populações. Entenda a seguir quais são os principais pontos de preocupação e por que eles merecem atenção.
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A próxima pandemia ou "Doença X"
Após a experiência com a covid-19, a OMS trabalha com o conceito de "Doença X". O termo não se refere a uma enfermidade específica, mas a um patógeno desconhecido com potencial para causar uma grave epidemia internacional. A ideia é criar sistemas de vigilância e resposta que sejam flexíveis o suficiente para agir rapidamente, independentemente da origem do novo agente infeccioso.
O foco está em fortalecer a capacidade de detecção de surtos, acelerar o desenvolvimento de vacinas e tratamentos e garantir a distribuição justa de recursos médicos. A preparação envolve desde a pesquisa de vírus com potencial zoonótico, que podem saltar de animais para humanos, até a elaboração de planos de contingência globais.
Resistência antimicrobiana: a crise silenciosa
A resistência antimicrobiana ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas se modificam e não respondem mais aos medicamentos. Isso torna infecções comuns mais difíceis de tratar e aumenta o risco de doenças graves e mortes. O uso excessivo e inadequado de antibióticos, tanto na saúde humana quanto na agropecuária, acelera esse processo.
Conhecidas como superbactérias, esses microrganismos ameaçam a eficácia de procedimentos médicos essenciais, como cirurgias, quimioterapias e transplantes de órgãos. Dados recentes da OMS indicam que aproximadamente uma em cada seis infecções bacterianas já é resistente aos antibióticos, e a organização classifica o problema como uma das dez maiores ameaças à saúde mundial, pois ele pode levar a medicina de volta a uma era em que infecções simples se tornavam fatais.
Mudanças climáticas e seus efeitos na saúde
As mudanças climáticas não são apenas uma crise ambiental, mas também uma emergência de saúde. Eventos climáticos extremos, como ondas de calor, enchentes e secas, têm impactos diretos e imediatos, causando desidratação, lesões, desnutrição e estresse mental.
De forma indireta, o aquecimento global altera o padrão de doenças infecciosas. O aumento das temperaturas e das chuvas favorece a proliferação de mosquitos, expandindo áreas de transmissão de doenças como dengue, zika, chikungunya e malária. A poluição do ar, associada à queima de combustíveis fósseis, agrava problemas respiratórios e cardiovasculares, enquanto a contaminação da água e dos alimentos eleva o risco de surtos de cólera e outras enfermidades.
Enfrentar a "Doença X", a resistência antimicrobiana e os efeitos das mudanças climáticas exige uma resposta unificada. A vigilância constante, o investimento em pesquisa e a cooperação entre nações são fundamentais para construir um futuro mais resiliente e proteger a saúde de todos.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.