A depressão pós-parto é uma condição séria que vai muito além da tristeza comum ou do chamado "baby blues", um estado de melancolia passageiro. No Brasil, estima-se que 26,3% das mães desenvolvam o transtorno no período entre 6 e 18 meses após o parto, o que reforça a importância de discutir o tema e saber identificar seus sinais.

Diferente do "baby blues", que costuma desaparecer em até duas semanas, a depressão pós-parto é mais intensa e duradoura. Seus sintomas podem interferir na capacidade da mãe de cuidar de si mesma e de seu filho. Identificar o problema nem sempre é fácil, pois muitos sinais se confundem com o cansaço e as mudanças hormonais típicas do puerpério. Reconhecer os sinais de alerta, no entanto, é o primeiro passo para buscar tratamento especializado. Conheça sete comportamentos que merecem atenção:

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Sintomas da depressão pós-parto

  • Ansiedade e ataques de pânico: preocupação constante e desproporcional com a saúde do bebê ou consigo mesma, que pode evoluir para crises de pânico com coração acelerado e falta de ar.

  • Desinteresse pelo bebê: dificuldade em criar um vínculo afetivo com a criança, sentimento de indiferença ou até rejeição. A mãe pode sentir que não ama o filho o suficiente.

  • Mudanças bruscas de humor: episódios de irritabilidade, raiva ou choro intenso sem motivo aparente. A mulher se sente constantemente no limite de suas emoções.

  • Sentimento de culpa e inutilidade: a mãe se sente incapaz de cuidar do bebê, acreditando ser uma péssima mãe. Esses pensamentos negativos são persistentes e afetam sua autoestima.

  • Alterações no sono e apetite: dificuldade para dormir, mesmo quando o bebê está dormindo, ou vontade de dormir o tempo todo. Também pode ocorrer perda ou aumento significativo do apetite.

  • Falta de prazer e energia: perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas, como hobbies ou interações sociais. Um cansaço extremo que não melhora com o descanso.

  • Pensamentos negativos recorrentes: ideias persistentes sobre morte, suicídio ou sobre machucar a si mesma ou ao bebê. Este é um sinal grave que exige ajuda profissional imediata.

Ao identificar um ou mais desses sinais de forma persistente, é fundamental procurar ajuda profissional. O tratamento pode incluir psicoterapia e, em alguns casos, o uso de medicamentos. O primeiro passo pode ser conversar com um médico de confiança, procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Em casos de pensamentos suicidas, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuito pelo telefone 188.

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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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