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EM DIA COM A PSICANÁLISE
Sobre o desconforto
O esquecido não morre. O esquecido não nos esquece. Ele insiste e regurgita, trazendo amargos sabores de tristezas engolidas
Escrever, costurar, fazer um corpo
Encontramos na arte, na literatura, na poesia a única forma de ter alento e um pouco de leveza, nestes dias de desilusão com guerras e pulsão de morte
Entre dois mundos
A realidade psíquica é privada e a realidade material é pública, embora se relacionem, não se pode confundir ou tomar como uma continuidade sem cortes
Um caminho sem volta
Somente tomando o desejo como guia podemos caminhar e escolher nosso rumo. Mas a condição de poder escolher nos faz tropeçar
A influência do outro
Por que mudamos de opinião para não desapontar as pessoas que nos cercam? Até que ponto devemos ceder ao que se espera de nós?
Um convite ao pensamento
Somos atravessados pelo desejo, fantasias e pulsões com variáveis objetivos e objetos. A singularidade deve ser respeitada
Limites necessários
Não é mais possível acreditar no que vem das redes. A desinformação desestabiliza a realidade a tal ponto que já não sabemos separar entre falso e verdadeiro
A suspensão da política de checagem
Covardes, agimos mal quando ninguém nos vê. As pessoas não falariam nem a metade do que escrevem quando não têm que sustentar o dito frente ao olhar do outro
Em dia com a psicanálise
Recomeço: matéria sonora
Sejamos leves e abertos para fazer acontecer o futuro consoante ao que escrevemos, dizemos, cantamos
Nossa morte prematura
A intelectual norte-americana Ruth Gilmore aponta que o preconceito é a exposição de algumas populações a uma morte prematura
