Equipamentos tecnicamente impecáveis, regulamentações rígidas e cidades turísticas com paisagens de tirar o fôlego: com essas características, países como a Nova Zelândia e os Estados Unidos se destacam no turismo de aventura aérea, atraindo entusiastas do paraquedismo do mundo todo. No entanto, cada destino estabelece suas próprias normas para garantir segurança, infraestrutura e qualidade na experiência do salto.

A análise comparativa entre essas nações revela não apenas as semelhanças, mas também as diferenças valiosas no controle operacional, oferecimento de pacotes para iniciantes e gestão de riscos. Vamos desvendar o que torna esses países modelos referência no segmento.

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Nova Zelândia: paraquedismo sob licença e certificação obrigatória

A Nova Zelândia é considerada um dos principais destinos para turismo de aventura aérea a nível mundial. O país investe em regulamentações como a “New Zealand Adventure Activities Certification”, que exige que operadoras de paraquedismo sejam certificadas e que instrutores passem por formação rigorosa.

Cidades como Queenstown, Taupo, Abel Tasman e Wanaka oferecem saltos de altitudes que variam de 9.000 a até 16.500 pés, com quedas livres de até 200 km/h sobre cenários deslumbrantes de lagos, vulcões e montanhas. O uso de um passeio panorâmico pré-salto é comum e alguns pacotes incluem fotos e vídeos capturados por equipe treinada.

No que diz respeito à operação, muitas empresas oferecem transporte em veículos como hummer para o ponto de decolagem, briefings detalhados, equipamentos padrão (macacão, luvas, óculos, arnês) e instrutores certificados com horas de treinamento. O resultado é uma experiência que equilibra emoção, segurança e controle de riscos.

Voos de paraquedismo têm foco em segurança, regulamentação e experiências turísticas de aventura

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Estados Unidos: regulamentação, fiscalização e resposta a incidentes

Nos EUA, a atividade de paraquedismo é sancionada dentro da estrutura da Federal Aviation Administration (FAA). Embora os saltos em tandem (salto que é realizado em queda livre) não exijam certificação específica como os drones, há normas sobre manutenção das aeronaves, habilitação dos pilotos e fiscalização contínua.

Por exemplo, em casos de acidentes, como o recente pouso forçado de um Cessna 208B em New Jersey com 15 pessoas a bordo, a FAA e o NTSB conduziram investigações rigorosas para apurar falhas técnicas, procedimentos do piloto e condições meteorológicas. Nesse episódio, todos sobreviveram, apesar de quedas físicas e exposição ao combustível, e o avião tinha passado por inspeções recentes.

Nos EUA, é prática comum que operadoras informem de forma clara os riscos, realizem manutenção preventiva, e a presença da FAA garante padrões mínimos de segurança e treinamento para pilotos e instrutores.




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