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Entrevista exclusiva: CVC aposta em expansão e viagens sem barreiras

Executivos reforçaram a proposta de turismo democrático onde qualquer brasileiro realize o sonho de viajar — seja para destinos nacionais ou internacionais

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Quem é mineiro sabe: viajar é quase tão importante quanto comer um bom pão de queijo fresquinho ou tomar um café passado na hora. O mineiro gosta de explorar, de descobrir, de se encantar. Mas também é desconfiado e, se sentir inseguro, “pica mula” ( sair em minerês) e desiste do passeio.

Pode ser em família rumo ao litoral baiano, pode ser em casal em uma escapada romântica para Gramado, ou ainda sozinho, embarcando na aventura de conhecer Paris, Roma ou até a longínqua Coreia do Sul. E é justamente para atender essa alma viajante que uma das maiores operadoras de turismo da América Latinal aposta cada vez mais em Minas Gerais.

Com 53 anos de estrada, a CVC  enxerga no estado um mercado vibrante e estratégico. São 140 lojas espalhadas por 70 cidades mineiras — de Uberlândia a Juiz de Fora, de Montes Claros a Belo Horizonte — que representam 10% de toda a rede no Brasil. A meta é ambiciosa: chegar a 200 lojas em pouco tempo, mostrando que o mineiro não só gosta de viajar, como transforma o ato em experiência de vida.

“Minas é essencial para a CVC. Só no ano passado, mais de 225 mil mineiros viajaram conosco”, afirma Emerson Belan, vice-presidente de B2C da CVC Corp. Não por acaso, a empresa mantém voos exclusivos saindo de Belo Horizonte para Porto Seguro e Maceió todos os fins de semana. Afinal, o mineiro pode não ter mar, mas adora uma praia.A empresa aposta em inovação, acessibilidade e suporte total aos viajantes, destacando-se por oferecer guias em português em todos os destinos internacionais.

 Emerson Belan, vice-presidente de B2C da CVC Corp, aposta em viagens personalizadas
Emerson Belan, vice-presidente de B2C da CVC Corp, aposta em viagens personalizadas CVC/Divulgação

Em entrevista exclusiva, Emerson e Claudio Villanova,master franqueado de Minas Gerais, detalham a atuação da empresa, os diferenciais do atendimento e as perspectivas para o setor. Eles também falaram sobre a força do mercado no estado, os planos de expansão, o diferencial de contar com guias em português em qualquer parte do mundo, além de temas como a COP30 em Belém, os preços abusivos da hotelaria, a retomada dos cruzeiros, o impacto das medidas do governo Trump no turismo e a nova geração de viajantes em busca de destinos exóticos.



A CVC completou 53 anos em 2025. Qual é o papel da empresa hoje no turismo brasileiro?

Emerson Belan: A CVC se posiciona como a maior operadora de turismo da América Latina, com capilaridade em todo o Brasil. São 1.340 lojas no país, sendo 140 apenas em Minas Gerais, estado estratégico tanto como origem de turistas quanto como destino. O objetivo é democratizar o acesso a viagens, oferecendo opções para todas as classes sociais, dentro e fora do Brasil.



Qual a importância de Minas Gerais para a empresa?

Emerson Belan: O estado representa cerca de 10% de toda a volumetria da CVC. Em 2022, mais de 22.5 mil mineiros viajaram com a companhia. Além disso, Minas também é destino de destaque, com pacotes voltados para cidades históricas como Ouro Preto, Tiradentes, Diamantina e Poços de Caldas. A expectativa é chegar a 200 lojas no estado nos próximos anos.

O que o mineiro mais procura ao viajar?

Claudio Villanova, master franqueado da CVC em Minas Gerais anuncia expansão de lojas nos próximos anos
Claudio Villanova, master franqueado da CVC em Minas Gerais anuncia expansão de lojas nos próximos anos CVC/Divulgação

Claudio Villanova: O mineiro é apaixonado por praia. Porto Seguro e Maceió são os favoritos, tanto que mantemos voos exclusivos CVC todos os finais de semana. Também cresce a procura por Gramado, Foz do Iguaçu e, claro, pelas cidades históricas de Minas. No internacional, o passageiro costuma começar pela América do Sul, como Argentina e Chile, depois parte para os Estados Unidos, com Orlando e Miami, e hoje vemos um interesse cada vez maior pela Europa.

O turismo em Minas esbarra nas estradas ruins. Há um trabalho de cobrança dos governos?

Emerson Belan: Sim. O país tem enorme potencial, mas precisa de melhorias em infraestrutura. Estradas ruins, portos caros e aeroportos limitados ainda são entraves. Nós nos posicionamos junto ao Ministério do Turismo e associações do setor para cobrar avanços. Estradas melhores, por exemplo, geram mais empregos em restaurantes, postos de gasolina e artesanato local.



A CVC mantém parcerias estratégicas com redes hoteleiras?

Emerson Belan:Um exemplo é a parceria com a rede Vila Galé, que recentemente inaugurou um hotel em Ouro Preto. A companhia destaca que hoje não vende apenas hospedagem, mas experiências completas, unindo história, cultura e conforto.

A COP30 em Belém trouxe polêmica com a hotelaria local, acusada de preços abusivos. Isso preocupa a CVC?

 Emerson Belan: O impacto maior é no turismo corporativo, mas claro que prejudica a imagem. O brasileiro de lazer geralmente evita períodos de preços inflacionados, porque sabe que não terá a melhor experiência. Por outro lado, a COP30 é uma grande chance de mostrar a Amazônia ao mundo e atrair novos visitantes.



Qual é a estratégia da CVC para tornar as viagens mais acessíveis?

Emerson Belan: A companhia aposta em parcelamentos de até 15 vezes no boleto bancário, descontos para pagamento via Pix e customização dos pacotes. Aproximadamente 80% das vendas hoje são personalizadas, respeitando o perfil e o orçamento de cada viajante.

 



Vocês oferecem guias, falando em português, em toda viagem internacional?

Emerson Belan: Esse é um dos grandes diferenciais da CVC. Em todos os pacotes internacionais há guias em português, o que dá segurança a quem viaja e elimina o medo de não se comunicar em outro idioma. Com a CVC, o mundo não tem barreiras. O cliente viaja para China, Japão, Coreia do Sul, África do Sul ou Turquia, e sempre terá um guia que fala sua língua

Há suporte para os clientes em caso de imprevistos?

Emerson Belan: Sim. A CVC mantém atendimento 24 horas em português para viajantes em qualquer parte do mundo. Durante a pandemia, a empresa chegou a fretar aviões para resgatar brasileiros na Europa. Em situações recentes, como o conflito na Faixa de Gaza, clientes também foram retirados com apoio terrestre e aéreo.




Os cruzeiros se tornaram populares no Brasil. Qual é a realidade hoje?

Claudio Villanova : Viraram um produto de desejo dos mineiros. Temos uma demanda crescente para cruzeiros que saem de Santos e do Rio de Janeiro, além de roteiros internacionais, como os que percorrem Dubai, Abu Dhabi, Omã e Catar. O passageiro adora a praticidade: conhece vários destinos em uma viagem só, sem precisar arrumar malas a cada parada.

Emerson Belan: O Brasil poderia ter navios o ano inteiro, especialmente no Nordeste, mas os custos portuários ainda impedem. Mesmo assim, somos o maior vendedor de cruzeiros da América Latina e já fomos procurados por companhias internacionais interessadas em trazer navios para a temporada 2026/27.

Houve impacto da política de Donald Trump na procura por viagens aos EUA?

Emerson Belan: Não dá pra dizer. Percebemos que houve um período em que a demanda caiu, muito por notícias de deportações e pela instabilidade econômica. Mas, em seguida, passou julho e agosto e lançamos campanhas como o “8/ 8 - Descontão CVC” e também as companhias aéreas norte-americanas ofereceram descontos nas pasagens e as viagens para os EUA voltaram a crescer. O brasileiro gosta de viajar com segurança e, quando sente confiança, retorna ao destino.

E os destinos exóticos, ganharam força?

Emerson Belan: Muito. A geração Z quer experiências únicas em lugares como Tailândia, Japão, Coreia do Sul, África do Sul e Turquia. É um público que busca vivências culturais diferentes, e oferecemos pacotes completos, sempre com guias em português.

Claudio Villanova: Hoje temos roteiros para o Japão e até para o famoso festival das luzes na Tailândia. Também vendemos muitos cruzeiros pelos Emirados Árabes, combinando passagens aéreas e refeições inclusas, com preços que competem com uma viagem nacional.

Quais são os próximos passos da CVC?

Emerson Belan: Estamos preparados para a Black Friday, no final de novembro, que já se tornou nosso melhor mês de vendas. Também vamos ampliar os pacotes internacionais e reforçar nossa malha de voos exclusivos. Seguiremos oferecendo atendimento personalizado, promoções acessíveis e a garantia de que nenhum passageiro ficará sem suporte, em nenhum lugar do mundo.

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