Viajar de ônibus é uma das formas mais populares de se locomover pelo país, mas a tranquilidade da jornada depende de cuidados que começam muito antes do embarque.
Escolher a empresa certa e estar atento a detalhes dentro do veículo pode evitar transtornos e, em situações extremas, salvar vidas. Pensando nisso, preparamos uma lista com sete itens de segurança essenciais que todo passageiro deveria verificar antes de pegar a estrada. São passos simples que aumentam a proteção de todos a bordo.
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1. Consulte o registro da empresa de ônibus
O primeiro passo para uma viagem segura é garantir que a empresa contratada opera legalmente. Toda companhia de transporte interestadual de passageiros precisa de autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Essa verificação é simples e pode ser feita on-line.
Basta acessar o site da ANTT ou usar aplicativos de consulta para checar a situação da empresa pelo CNPJ ou nome. Empresas clandestinas frequentemente operam com veículos em mau estado de conservação e sem as devidas manutenções, colocando os passageiros em risco elevado.
A consulta também revela se a empresa possui um bom histórico de fiscalização e se está em dia com suas obrigações. Essa pesquisa prévia é a principal barreira contra serviços de baixa qualidade e potencialmente perigosos.
2. Inspecione as condições aparentes do veículo
Antes mesmo de embarcar, uma rápida inspeção visual pode dizer muito sobre o zelo da empresa com a frota. Observe o estado dos pneus. Eles não devem estar carecas ou com danos visíveis, como bolhas e rachaduras, pois são um componente crítico para a estabilidade e frenagem.
Verifique também a condição dos faróis, lanternas e limpadores de para-brisa. Vidros trincados ou quebrados também são um sinal de alerta. A lataria do ônibus, embora seja um fator estético, pode indicar colisões antigas mal reparadas que comprometem a estrutura do veículo.
Esses elementos são fáceis de checar e não exigem conhecimento técnico. Se algo parecer fora do padrão, questione o motorista ou um representante da empresa antes de iniciar a viagem. A sua segurança deve ser a prioridade.
3. Use o cinto de segurança sempre
O cinto de segurança é obrigatório em todas as poltronas de ônibus que circulam em rodovias, mas muitos passageiros ignoram seu uso. Em caso de uma freada brusca, colisão ou tombamento, é o cinto que impede que a pessoa seja arremessada dentro do veículo ou para fora dele.
Ao sentar-se, verifique se o cinto de sua poltrona está funcionando corretamente. Puxe a fita para ver se não está travada e teste o encaixe na fivela. Se encontrar qualquer problema, comunique imediatamente ao motorista para que possa ser direcionado a outro assento.
Manter o cinto afivelado durante todo o percurso é um hábito que aumenta as chances de sobrevivência em um acidente. A viagem pode ser longa, mas o desconforto momentâneo não se compara aos riscos de viajar desprotegido.
4. Acomode a bagagem de mão corretamente
Muitas vezes, a preocupação com a bagagem se limita ao que é despachado no bagageiro. No entanto, os volumes levados dentro do ônibus também representam um risco se não forem acomodados da forma correta. O local adequado para mochilas e bolsas maiores é o porta-embrulhos, acima das poltronas.
Evite colocar objetos pesados ou com pontas soltos no compartimento. Em uma manobra súbita, eles podem cair e ferir outros passageiros. Objetos menores devem ser guardados no bolso do assento à sua frente ou mantidos no colo.
Jamais deixe bagagens ou sacolas nos corredores. Além de dificultar a circulação, em uma emergência, esses obstáculos podem impedir uma evacuação rápida e segura do veículo. A organização interna é um fator de segurança coletiva.
5. Localize as saídas de emergência
Assim que embarcar, tire um momento para localizar as saídas de emergência mais próximas do seu assento. Ônibus rodoviários geralmente possuem janelas com lacre que pode ser rompido e alçapões no teto, sinalizados com instruções claras de uso.
Familiarize-se com o mecanismo de abertura, que costuma ser uma pequena alavanca ou martelo de segurança. Verifique se o acesso a essas saídas não está obstruído por bagagens ou outros objetos. Saber onde elas estão e como funcionam pode ser vital em uma situação crítica.
Esse procedimento leva apenas alguns segundos e pode fazer toda a diferença. Em momentos de pânico, ter essa informação previamente assimilada agiliza a reação e ajuda não só a si mesmo, mas também outros passageiros.
6. Observe o comportamento do motorista
O motorista é a peça central para uma viagem segura. Durante o percurso, observe discretamente sua conduta. O uso de celular ao volante, por exemplo, é uma infração grave e que coloca todos em perigo. O mesmo vale para sinais de cansaço excessivo, como bocejos constantes ou dificuldade em manter os olhos abertos.
A velocidade do veículo também é um indicador importante. Se perceber que o motorista está correndo demais ou realizando ultrapassagens perigosas, é preciso agir. Procure conversar com ele de forma educada em uma parada ou, se não se sentir seguro, ligue para a empresa ou para a polícia rodoviária.
A lei determina um período de descanso para motoristas profissionais, e as empresas sérias cumprem essa regra à risca, muitas vezes com dois condutores se revezando em viagens longas. Ficar atento a esses detalhes é uma forma de zelar pela segurança de todos.
7. Atente-se às condições da pista e do tempo
Por fim, as condições externas também influenciam a segurança. Chuva intensa, neblina ou trechos de serra exigem atenção e velocidade reduzida.
Se as condições climáticas piorarem muito durante a viagem, é esperado que o motorista reduza a velocidade ou até mesmo pare em um local seguro até que a situação melhore. Desconfie de condutores que mantêm alta velocidade em cenários adversos.
Como passageiro, embora não tenha controle sobre o volante, você pode avaliar o cenário. Se sentir que a viagem está se tornando arriscada demais, comunique sua preocupação. Sua percepção pode ser o alerta que faltava para uma decisão mais prudente por parte do motorista ou da empresa.