Imagine descer para o subsolo e, em vez de um ambiente cinzento e funcional, encontrar um salão de baile do século 18. Ou talvez uma caverna azul relaxante, ou até mesmo o interior de um submarino de ficção científica. Essa é a realidade em algumas cidades ao redor do mundo, onde as estações de metrô foram transformadas em galerias de arte e pontos turísticos.
Esses espaços desafiam a ideia de que o transporte público precisa ser monótono. Eles provam que a arte e a arquitetura podem estar presentes no dia a dia, transformando a rotina de passageiros em uma experiência cultural. De Moscou a Taiwan, preparamos uma lista com algumas das estações mais espetaculares que merecem uma visita, mesmo que você não precise pegar o trem.
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1. Komsomolskaya, Moscou (Rússia)
Entrar na estação Komsomolskaya, na Linha Koltsevaya, é como ser transportado para um palácio imperial. Projetada como um "palácio para o povo", sua arquitetura é uma celebração do barroco, com tetos amarelos ornamentados, colunas de mármore e lustres monumentais que parecem ter saído de um salão de festas.
O grande destaque são os oito painéis de mosaico no teto. Eles retratam figuras e eventos históricos da Rússia, como líderes militares e momentos de glória nacional. A estação é um exemplo impressionante da grandiosidade da era soviética e serve como um portal para a história do país, bem no coração de seu sistema de transporte.
2. Toledo, Nápoles (Itália)
Considerada uma das mais belas da Europa, a estação Toledo, em Nápoles, faz parte do projeto "Estações de Arte". A descida pelas escadas rolantes é uma imersão em um ambiente que simula o mar e o céu. O espaço é dominado por um imenso mosaico em tons de azul, branco e cinza, que cobre as paredes e o teto.
No nível mais profundo, o "Crater de Luz" conecta a estação à rua, permitindo que a luz natural ilumine o ambiente subterrâneo. A obra cria uma atmosfera serena e quase mágica, oferecendo aos passageiros uma pausa visual na correria diária. A sensação é a de viajar pelo fundo do oceano.
3. Formosa Boulevard, Kaohsiung (Taiwan)
Esta estação abriga a maior obra de arte em vidro do mundo, conhecida como "Domo da Luz". Criada pelo artista italiano Narcissus Quagliata, a instalação tem 30 metros de diâmetro e é composta por 4.500 painéis de vidro colorido. É um espetáculo de cores e luz que atrai turistas de todo o mundo.
O domo é dividido em quatro seções temáticas: água, terra, luz e fogo, que representam o nascimento, o crescimento, a glória e a destruição, simbolizando a jornada da vida humana. As imagens vívidas e a escala da obra transformam a principal estação de transferência da cidade em um destino imperdível por si só.
4. Arts et Métiers, Paris (França)
Localizada em Paris, a estação Arts et Métiers foi desenhada pelo artista de quadrinhos belga François Schuiten. A plataforma tem um design steampunk que homenageia o submarino Nautilus do livro "Vinte Mil Léguas Submarinas".
As paredes são revestidas com placas de cobre rebitadas, e pequenas janelas redondas funcionam como vitrines para exposições do museu Arts et Métiers, localizado acima da estação. Engrenagens gigantes pendem do teto, completando a atmosfera industrial que transforma uma simples viagem de metrô em uma aventura literária.
5. T-Centralen, Estocolmo (Suécia)
O metrô de Estocolmo é frequentemente chamado de "a galeria de arte mais longa do mundo", e a T-Centralen é sua estação mais famosa. Para evitar a sensação de confinamento, os arquitetos optaram por deixar o leito rochoso exposto, tratando as paredes da caverna como uma tela gigante.
Na plataforma da linha azul, a rocha foi pintada de branco e decorada com enormes ramos e folhas em tons de azul. O artista Per Olof Ultvedt escolheu essa cor por seu efeito calmante, criando um oásis de tranquilidade para os passageiros. O design orgânico e os motivos florais contrastam com a dureza da pedra, resultando em um visual único.
6. Olaias, Lisboa (Portugal)
Construída para a Expo '98, a estação de Olaias em Lisboa é uma explosão de cores e formas geométricas. O arquiteto Tomás Taveira e um grupo de artistas criaram um espaço vibrante e moderno que se destaca por sua ousadia. O teto e as colunas são cobertos por painéis coloridos que lembram vitrais gigantescos.
O uso de cores primárias e secundárias em padrões abstratos cria um ambiente alegre e dinâmico. A luz, tanto natural quanto artificial, interage com as superfícies, fazendo com que a estação mude de aparência ao longo do dia. É um exemplo de como a arte contemporânea pode revitalizar um espaço público funcional.