Condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, ocorrido em 2002, Suzane cumpre a pena em regime aberto e tem sido vista circulando pelas ruas de Águas de Lindóia, tomando banho nas cachoeiras locais e cuidando dos cabelos em famoso salão de beleza do município.
Águas de Lindóia é uma cidade turística conhecida por suas águas termais (que brotam do solo aquecidas) e tem 13.930 habitantes, segundo o censo de 2022.
Em 2023, Suzane von Richthofen começou a cursar Direito. Alunos fizeram fotos dela na última fileira da sala, onde procurava ficar discreta, e as divulgaram nas redes sociais.
Ela teve um filho com o marido Felipe Nunes, que é médico, e estava morando em Bragança Paulista, onde é aluna da Universidade São Francisco, retomando com o curso de Direito, no qual era matriculada quando cometeu o bárbaro crime em 2002.
Para tentar descolar a imagem de criminosa, Suzane trocou de nome e agora se chama Suzane Louise Magnani Muniz. Ela retirou o von Richthofen. Porém, a ficha criminal migra para o novo nome e por onde ela passa todos sabem de quem se trata é e os comentários se espalham.
Para conhecer os bastidores do crime que chocou o país, o publico tem acesso a mais um filme sobre o caso. A terceira produção sobre o caso Suzane von Richthofen estreou em outubro de 2023 no streaming pela Prime Vídeo.
A produção, um drama de true crime, encerra trilogia da Prime Vídeo sobre o assassinato ocorrido há mais de duas décadas.
Os dois primeiros filmes basearam-se nos depoimentos de Daniel Cravinhos ('A Menina Que Matou os Pais') e de Suzane von Richthofen ('O Menino Que Matou Meus Pais'). Ambos foram lançados em 2021.
Já 'A Menina que Matou os Pais - A Confissão' é centrado nos bastidores das investigações.
Como nos dois filmes anteriores, a atriz Carla Diaz interpreta mais uma vez o papel de Suzane von Richthofen.
Na produção, os irmãos Cravinhos são interpretados por Leonardo Bittencourt (Daniel Cravinhos) e Allan Souza Lima (Cristian Cravinhos).
Bárbara Colen ('Aquarius' e 'Bacurau') vive a investigadora de polícia do caso.
Dirigido por Maurício Eça, a trama revela os passos de Daniel Cravinhos, seu irmão Cristian Cravinhos e Suzane Von Richthofen nos dias anteriores ao assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen.
Em entrevista ao Splash, do portal UOL, o roteirista Raphael Montes explicou a linha do filme citando uma famosa série.
Um thriller investigativo policial, de juntar pista, de DNA, de falar 'essa roupa estava aqui, não estava lá'. Tem um quê de 'CSI''
A trilogia sobre o Caso Richthofen baseia-se no livro 'Casos de Família - Arquivos Richthofen' (editora DarkSide), da roteirista e criminóloga Ilana Casoy.
O casal Manfred e Marisia Richthofen foi morto a golpes de barra de ferro na noite de 31 de outubro de 2002. Os autores foram os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos a mando da filha do casal, Suzane von Richthofen.
O crime ocorreu na casa da família, no bairro do Brooklin, zona sul de São Paulo.
Nos primeiros dias, o crime foi tratado como latrocínio (roubo seguido de homicídio). A reviravolta veio dez dias depois, quando os três confessaram o brutal assassinato.
Manfred Richthofen, um engenheiro descendente de nobres alemães, e Marisa Richthofen, psiquiatra, formavam uma família de classe média alta. Além de Suzane, eles eram pais de Andreas von Richtofen.
O crime teve motivação fútil : a contrariedade do casal com o namoro de Suzane e Daniel. Os dois foram condenados a 39 anos de prisão e Cristian a 38 anos.
Suzane von Richthofen tem hoje 41 anos e cumpre a pena em regime aberto. Ao deixar o o presídio de Tremembé (SP), onde cumpriu parte da pena, ela chegou a montar um negócio de costura pela Internet.