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Dia Mundial do Skate: conheça histórias de superação pelo esporte


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Imagem de Bob Dmyt por Pixabay

Reunimos histórias inspiradoras de pessoas que encontraram no skate um propósito. Jovens que escaparam da violência, atletas que desafiaram preconceitos e comunidades que se uniram em torno das quatro rodinhas para construir um futuro diferente.

Reprodução do Instagram @kelvinhoefler

Tony Hawk foi considerado 'bom demais' no começo dos anos 80, quando seu estilo técnico não era valorizado. Sofreu com críticas e rejeição, mas persistiu, inovou, e tornou-se o skatista mais reconhecido do mundo. O americano é símbolo de resiliência, com impacto global. Sua fundação promove skate para comunidades carentes.

Reprodução/tonyhawk

Letícia Bufoni começou a andar de skate aos 9 anos na periferia de São Paulo. Sofreu preconceito por ser mulher num esporte dominado por homens, além de enfrentar dificuldades financeiras. Mudou-se sozinha para os EUA aos 14 anos para competir. Hoje, é campeã mundial, atleta olímpica e um ícone da representatividade no skate feminino.

Reprodução / Instagram

Vindo de Brasília, Felipe Gustavo era um garoto que vendia cachorro-quente com o pai para ajudar em casa. Sua chance veio ao vencer uma seletiva do Tampa Am, maior campeonato amador de skate do mundo. Superando barreiras financeiras e culturais, virou skatista profissional e hoje compete nos maiores campeonatos do planeta.

A britânico-japonesa Sky Brown sofreu uma queda grave em 2020, com traumatismo craniano e fraturas. A recuperação foi incerta. Mas com força e dedicação, voltou a competir e conquistou o bronze nas Olimpíadas de Tóquio em 2021, com apenas 13 anos. Ela é um símbolo de coragem e paixão pelo skate.

Reprodução

Criado em Jaguariúna, SP, Tiago Lemos enfrentou uma infância humilde. Com estilo único e dedicação extrema, chamou atenção de marcas internacionais. Hoje, é referência no street skate mundial e inspira jovens brasileiros a acreditarem em seus sonhos, mesmo com pouca estrutura.

Considerado o pai do street skate moderno, o americano Rodney Mullen criou manobras como o kickflip, heelflip e impossible. Era tímido, isolado e sofreu pressão familiar para abandonar o skate. Enfrentou crises de ansiedade e depressão, mas o skate foi sua forma de expressão. É uma lenda viva, respeitado até fora do esporte, inclusive em ambientes acadêmicos e de inovação.

Filho de pai americano e mãe brasileira, Bob Burnquist começou em São Paulo e enfrentou dificuldades por ser diferente. Tornou-se um dos maiores inovadores da história do skate vertical. Sua carreira o levou aos X-Games, Olimpíadas, à criação da Mega Rampa no quintal, e à defesa de causas sociais e ambientais por meio do skate.

Fernando Mafra/Wikimedia Commons

Campeã mundial de skate vertical e uma das primeiras mulheres a conquistar reconhecimento internacional nesse estilo, Karen Jonz venceu o preconceito no skate feminino, virou referência de empoderamento e ainda equilibra sua carreira com a maternidade e a música. A brasileira mostra que é possível ter múltiplas identidades e seguir no esporte.

Rayssa Leal ficou famosa com um vídeo viral aos 7 anos, vestida de fada dando um heelflip. Aos 13, conquistou medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio. Rayssa representa uma nova geração de skatistas, mostrando como o skate pode revelar talentos fora dos grandes centros, mesmo vindo de Imperatriz (MA), uma cidade com pouca estrutura.

Gaspar Nobrega/COB

Integrante dos lendários Z-Boys, Jay Adams viveu os altos e baixos do skate na Califórnia dos anos 70. Embora tenha enfrentado problemas com drogas e a lei, é lembrado por seu impacto cultural no estilo de vida do skate. Sua história é um lembrete de como o skate pode libertar, mas também exige escolhas conscientes.

Na contramão desses holofotes, destacamos outros personagens que se superaram através do skate. Jhames Ribeiro, de sete anos, encontrou na modalidade a coragem para superar seus medos e hoje se destaca nas aulas do Projeto Educa Skate, realizado pela Organização Social De Peito Aberto, em São João da Barra (RJ).

Ex-catador de latinhas, Romário de Jesus começou no esporte com uma prancha que encontrou no lixo, depois passou para o skate e hoje dá aulas para crianças e adolescentes em Lauro de Freitas (BA).

Foto: Divulgação

Não tinha muita liberdade, meus pais tinham medo de me deixar sair. Quando perdi alguns amigos para a violência, ficou claro que meus pais sempre estiveram certos. Meu filho, não tenho condições de te dar o que você quer, se quiser algo vai ter que trabalhar'. A partir daí, comecei a catar latinhas para ter minhas coisas', comenta Romário.

Foto: Divulgação

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