O local onde o item foi encontrado fica em uma área que já foi um lago durante o período Pleistoceno, ou seja, entre 2,588 milhões e 11,7 mil anos atrás.
A descoberta foi feita pela arqueóloga Ella Egberts, da Universidade Livre de Bruxelas (VUB), durante um projeto-piloto na região de Al-Shabakah.
A busca revelou ferramentas feitas com a técnica de Levallois, utilizada pelos Neandertais e humanos primitivos há cerca de 300 mil anos.
Egberts planeja continuar pesquisando as mudanças ambientais do Pleistoceno e o comportamento humano primitivo na região, buscando financiamento para estudos futuros.
O deserto do Iraque faz parte do vasto deserto da Arábia, cobrindo grande parte da região ocidental e sudoeste do país.
A paisagem é dominada por temperaturas extremas, com verões escaldantes que frequentemente ultrapassam os 50°C e invernos que podem ser surpreendentemente frios, especialmente durante a noite.
Essa grande amplitude térmica é típica de regiões desérticas, onde a falta de umidade e a ausência de cobertura vegetal permitem que o calor se dissipe rapidamente após o pôr do sol.
O deserto desempenha um papel importante na geografia do Iraque, separando o país de seus vizinhos ocidentais, como a Síria, a Jordânia e a Arábia Saudita.
A região é pouco povoada, sendo habitada principalmente por comunidades beduínas nômades que dependem da criação de gado, como camelos e ovelhas, para sua subsistência.
Há poucas cidades ou assentamentos no deserto, mas algumas vilas e oásis oferecem fontes limitadas de água e abrigo.
Em áreas onde a água está disponível, como em oásis ou próximo a wadis (leitos de rios secos que ocasionalmente recebem água), pode-se encontrar uma vegetação um pouco mais densa, incluindo tamareiras e outras plantas que conseguem sobreviver com pouca água.
A fauna do deserto do Iraque também é adaptada às condições áridas. Animais como gazelas, raposas-do-deserto, lagartos, cobras e uma variedade de insetos são comuns.
Além disso, aves migratórias podem ser avistadas em certas épocas do ano, especialmente em áreas onde há alguma disponibilidade de água.
Apesar de sua aparência desolada, o deserto do Iraque tem relevância estratégica e histórica. Foi palco de importantes rotas comerciais na antiguidade, ligando a Mesopotâmia a outras civilizações da Península Arábica.
Além disso, a região desempenhou um papel significativo em conflitos modernos, como a Guerra do Golfo e a invasão do Iraque em 2003, quando as forças militares atravessaram essas terras áridas para alcançar Bagdá e outras áreas-chave do país.
Em termos de recursos naturais, o subsolo do deserto iraquiano abriga reservas de petróleo e gás, que são fundamentais para a economia do país.
No entanto, a extração desses recursos é desafiadora devido às duras condições climáticas e à infraestrutura limitada da região.
Apesar das dificuldades associadas à vida no deserto do Iraque, ele continua sendo uma paisagem fascinante e cheia de história, testemunha do passado glorioso da Mesopotâmia e do povo iraquiano.