Clare McCann, de 32 anos, optou pelo método da criogenia para preservar o corpo do filho, que se suicidou com apenas 13 anos.
Comovida pela tragédia, McCann iniciou uma campanha para arrecadar cerca de 300 mil dólares australianos (cerca de R$ 1 milhão) com o objetivo de financiar o procedimento.
Ela até compartilhou um link nas redes sociais para quem quisesse doar.
A atriz acredita que avanços científicos futuros possam viabilizar a reanimação do garoto.
'Só temos mais uma chance de preservar o corpo dele criogenicamente nos próximos 7 dias. Se perdermos essa janela, perdemos a chance de reanimação futura que a ciência possa oferecer', escreveu. Alguns apoiaram a esperança da atriz, outros questionaram a viabilidade científica e os dilemas éticos da criogenia.
A criogenia consiste em preservar corpos em temperaturas extremamente baixas usando nitrogênio líquido, interrompendo a decomposição e mantendo células e tecidos intactos.
Algumas pessoas recorrem a essa técnica na esperança de que a ciência futura possa curar doenças ou até mesmo reviver entes queridos.
Apesar disso, algumas clínicas especializadas oferecem o procedimento nos Estados Unidos, na Alemanha e na Rússia.
A criogenia ainda está em fase experimental e enfrenta desafios como a possível impossibilidade de recuperar a rede neural sem sequelas.
Até esta sexta-feira (30/05), a campanha da atriz havia arrecadado 15 mil dólares australianos (cerca de R$ 50 mil), ou seja, 5% da meta de R$ 1 milhão.
Além de atriz, Clare McCann é diretora, roteirista e produtora, reconhecida por trabalhos tanto no cinema, quanto na televisão e no teatro.
Ela iniciou sua formação artística aos sete anos no Australian Theatre for Young People, destacando-se desde cedo em competições de escrita e direção.
Sua carreira ganhou notoriedade com o papel de Cherry no programa de comédia 'Blog Party', exibido no Channel [V], onde foi eleita a personalidade mais popular por mais de 100 mil telespectadores australianos.
No cinema, McCann participou de alguns curtas-metragens e filmes independentes australianos, como 'Just One More Day' (2017) e 'Benefited' (2019 – foto).