O 'Trem para as Nuvens' ('Tren a las Nubes') atinge 4.220 metros de altitude. É uma das ferrovias turísticas mais altas do mundo.
O nome surgiu de um documentário dos anos 60, que mostrava o trem a vapor misturando-se às nuvens.
A viagem é impressionante e passa por paisagens deslumbrantes da Cordilheira dos Andes.
Outro ponto que chama a atenção no percurso é Puna Salteña, com destaque para a travessia do Viaduto La Polvorilla, uma obra-prima da engenharia.
A ferrovia faz parte do Ramal C-14, projeto idealizado nos anos 1920 para ligar a Argentina ao Chile.
Foi idealizado pelo engenheiro alemão-argentino Josep Rauch e construído pelo norte-americano Richard Fontaine Maury entre 1921 e 1948.
Ao longo desses 27 anos, a obra exigiu cerca de 1.300 operários e enfrentou condições extremas, como a própria altitude.
A viagem começa em Salta, de ônibus, e passa por lugares históricos como a Quebrada del Toro e o Campo Quijano.
Na parada em El Alfarcito, que fica a 2.800 metros de altitude, os turistas podem experimentar costumes da cultura local, como tomar um café da manhã campestre.
O embarque no trem acontece a 3.775 metros de altitude, em San Antonio de los Cobres.
Alguns cuidados devem ser tomados para evitar o chamado soroche ou 'mal de altitude'. Uma dica é ir se aclimatando em Salta uns dois dias antes da viagem.
Também é indicado beber muita água, evitar ingerir álcool e consumir chá de coca para ajudar na adaptação.
Como a temperatura pode variar muito, o recomendado é usar roupas em camadas. Protetor solar, óculos de sol e chapéu devido à forte radiação solar também são dicas valiosas.
Apesar da altura impressionante, a ferrovia argentina não é a mais alta do mundo. Esse título pertence à Qinghai–Tibet Railway, na China, que chega a 5.072?metros no ponto mais alto.